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O Governador do Estado Rui Costa avalia que a Bahia e seus municípios vem arcando com um peso excessivo para garantir a manutenção de serviços e continuidade de obras – mesmo nos casos em que deveria contar com recursos do governo federal. A declaração foi dada durante a marcha dos prefeitos no CAB, na manhã desta segunda-feira (3).

“O momento não é fácil, o memento é difícil para estados e municípios. A economia não cresce, e o governo federal – que tem mais poder financeiro que estados e municípios – também não tem feito a sua parte”, avalia. O governdor diz que participou de uma reunião com a direção da UPB, na qual a organização apresentou suas principais reivindicações.

O governador conta que há unidades de tratamento intensivo (UTI’s) na Bahia que tem funcionado sem o credenciamento do Governo Federal, fazendo com que o Estado assuma o ônus financeiro do funcionamento sozinho. Ele também afirma que o Ministério do Desenvolvimento Regional, sozinho, deve ao Estado da Bahia R$ 500 milhões.

O valor diz respeito a pagamentos já realizados de forma antecipada para evitar que as obras como a do metrô parassem por ausência de recursos para dar seguimento a obra. Rui Costa conta que foi recebido pelo titular da pasta, Gustavo Canuto, na semana passada, e que o governo sinalizou que realizaria o pagamento de parte da dívida, R$ 100 milhões, até o final deste ano.

“Ainda tem mais execução de obra pra ser feita. Não vou parar e não posso parar as obras. O custo seria muito maior se ocorrer uma paralização”, pondera. Ele destaca que tem feito ao longo de sua gestão a antecipação da receita do mês de janeiro em dezembro para ajudar os gestores a fechar suas contas.

“Ao final do ano a gente não transfere nenhum recurso para o ano seguinte, e tem feito e efetivado o pagamento todo dentro do mesmo ano, como uma forma de organizar e facilitar a vida dos prefeitos”, explica.

Para o governador, a solução do quadro passa pela retomada do crescimento econômico, algo que na sua opinião não tem acontecido, como aponta o crescimento negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros quatro semestres de 2019. Informações do Bocão News