Em visita à Salvador, onde foi recebido por políticos do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) disse sentir confiança no apoio da legenda estadual para concorrer às prévias do partido como um possível nome para a presidência em 2022. Em entrevista coletiva à imprensa baiana, Leite reiterou que, ao declarar a sua orientação sexual, não visa abraçar a pauta LGBTQIA+, mas sim, que o seu eleitorado o conheça por inteiro.

O governador gaúcho saiu pelo Brasil buscando apoio para o seu nome na disputa interna do PSDB para à presidência. Na Bahia ele foi recepcionado pelo presidente da legenda, deputado federal Adolfo Viana, e do prefeito de Mata de São João, João Gualberto, e parece ter ficado satisfeito com o apoio que pode resultar a visita. Leite disse que se sente acolhido e bem recebido pelo PSDB da Bahia.

“É uma decisão que eles vão tomar e externar, mas tenho confiança  que sairemos com boa aceitação do PSDB da Bahia. Essa é a  nossa candidatura nesse processo de prévias  do partido. Uma vez escolhido nas prévias para candidatura no Brasil, não é contra um ou contra outro, é a favor de um projeto, uma agenda de visão para o futuro do país nas prévias, futuramente para o Brasil não é contra um ou outro, é a favor de um projeto, de uma agenda,  de visão de futuro para o Brasil. Tenho muita identidade e afinidade com o PSDB da Bahia e confio que estaremos juntos nas prévias e na candidatura pelo país”, declarou.

Questionado sobre a possibilidade de, ao ter se declarado  gay, poder ser prejudicado nas possíveis eleições, Leite foi firme. “Falei sobre minha orientação para que eu me apresente por inteiro para a população. Falta integridade na política nacional no sentido de ser por inteiro. Eu nunca menti ou tentei fazer as pessoas acreditarem que eu não fosse gay. Simplesmente não falava a respeito porque isso é algo que toca na minha vida e não na dos outros como deve ser um não assunto para o futuro”, sinalizou.

O governador disse ainda que não pretende unicamente abraçar uma pauta, mas sim, um projeto político mais amplo. Para Leite, aspectos como   capacidade, idoneidade, integridade e caráter devem ser considerados para a escolha de um candidato.

“Na política que vivemos hoje, em que os políticos têm algo a esconder como mensalão, petrolão, rachadinhas e super faturamento de vacinas, eu não aceitaria que tentassem fazer crer que tenho algo a esconder especialmente quando esse algo não tem nada de errado, que a minha orientação sexual.  Fiz questão de começar minha trajetória em  nível nacional me apresentando por inteiro para que as pessoas saibam quem é Eduardo Leite. Esse é meu interesse e cada um faz o juízo que quiser. Vou lutar para que as pessoas entendam que minha luta política é por igualdade. Não é uma pauta LGBT, é uma pauta de respeito às pessoas”, finalizou.