Foto: Alessandro Dantas/ Divulgação

Se Jaques Wagner (PT) concorrer e vencer as eleições gerais de 2022, o senador pode se tornar o mais longevo governador da Bahia, segundo o jornal Tribuna da Bahia. O petista, que tentará ter o terceiro mandato como chefe do Palácio de Ondina no pleito do próximo ano, baterá o recorde que hoje pertence ao ex-senador Antonio Carlos Magalhães.

Além de se tornar o governador com mais tempo no poder da Bahia, Wagner será, se eleito, o que ficou em maior período democrático. Já que ACM governou o estado por dois mandatos, de forma indireta. Ao todo, o ex-senador ficou 11 anos e 4 meses no comando da Bahia, sendo que oito foram nos anos da ditadura militar brasileira. Caso seja eleito no próximo ano, o hoje senador petista poderá ficar 12 anos como chefe estadual, somando os oito anos como governador entre 2007 e 2014.

O ex-tenente do Exército Juracy Magalhães é o governador mais duradouro da Bahia, depois de Antonio Carlos. O cearense, que virou chefe da Bahia pelas mãos do ex-presidente Getúlio Vargas, comandou o estado por seis anos de forma indireta. Em 1958, foi eleito democraticamente derrotando José de Freitas, e geriu o estado por mais quatro anos. Totalizando, 10 anos no poder baiano. De maneira democrática, o hoje assessor do ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil), Paulo Souto, também está na lista dos governadores baianos com mais tempo no poder. Souto administrou o estado por oito anos, entre 1995-1999 e 2002-2006.

No início do século 20, o jurista José Joaquim Seabra, conhecido como J.J Seabra, também foi governador da Bahia por oito anos. Ele governou entre 1912 e 1916, e retornou ao comando entre 1920 e 1924. No intervalo de tempo, entre 1916 e 1920, Seabra emplacou o aliado Antonio Muniz, assim como Wagner pôs o correligionário Rui Costa (PT) no governo da Bahia. Na época de Seabra, era vedado mandato consecutivo.

Em março deste ano, Wagner confirmou que é candidato a governador da Bahia. Ele disputará pela quarta vez o governo estadual, sendo que perdeu em 2002 quando tentou pela primeira vez. Foi eleito em 2006, e reeleito quatro anos depois. Desta vez, no entanto, aliados do petista têm reclamado das poucas visitas do senador ao interior do estado. Em conversas reservadas, eles têm dito que Wagner precisa intensificar as viagens. Também tem criticado a ausência de encontros com lideranças políticas. Política Livre