Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Em entrevista à rádio Metrópole na desta segunda-feira (9), o senador Otto Alencar (PSD) comentou sobre os cenários envolvendo as eleições para a presidência da Câmara dos Deputados, que coloca baianos como possíveis candidatos (Elmar Nascimento e Antônio Brito). Para Otto, o pleito não será unânime como foi com o atual presidente Arthur Lira (PP).

“Me parece que não vai ser uma eleição com unanimidade, como foi a de [Arthur] Lira, que foi praticamente candidato único. Ele teve a maior votação da história política na Câmara dos Deputados. Nunca ninguém teve essa votação. Mas o processo está completamente indefinido”, declarou. Ao comentar sobre o nome que será apoiado por Lira, o senador disse que foi pego de surpresa pela não indicação, até então, de Elmar.

“Elmar tinha a certeza que seria o indicado por Lira. Foi uma surpresa muito grande. Dizem até lá em Brasília, que Elmar ficou na casa de Lira aguardando que ele o indicasse. De repente, Lira não indica, Marcos Pereira retira a candidatura e indica Hugo Motta. Claro que com o aval do Lira. Por isso, desencadeou essa crise. [Elmar Nascimento] ficou muito chateado, tudo caminhava para ele fosse o indicado e tomou um balão”, declarou o senador.

A sucessão do presidente da Câmara sofreu uma reviravolta na última semana após a ascensão de um novo favorito na disputa, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Apesar disso, ele ainda enfrenta obstáculos para se consolidar como o nome apoiado pelas principais forças políticas da Casa.

Graças a uma articulação que envolveu membros do governo Lula (PT), com participação direta do próprio presidente, o dirigente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), deixou a disputa para apoiar Motta, que é líder de seu partido. O nome de Motta era ventilado nos bastidores como um forte candidato, que teria o apoio de diversos partidos. No entanto, ele esbarrava em Pereira, que até então negava qualquer possibilidade de desistir.

Elmar seria o mais próximo de Lira. O presidente da Câmara sinalizou nos últimos dias que deveria apoiá-lo, o que levou a uma ala da Casa a lançar uma ofensiva contra a candidatura do deputado. Política Livre