Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na quinta-feira (23) que a reforma da Previdência deve ser aprovada num período de 60 a 90 dias. A alteração da legislação previdenciária é considerada a principal medida de ajuste fiscal do governo Jair Bolsonaro. A proposta apresentada pela equipe econômica prevê uma economia de R$ 1,2 trilhão em 10 anos.

“Em 60, 90 dias, (a reforma) estará no passado”, afirmou Guedes durante a participação em evento em São Paulo. “Vamos ter uma surpresa favorável e aprovação deve ser relativamente rápida. Ao contrário do pessimismo geral, vamos ter uma reforma interessante.”

No início do ano, o governo esperava aprovar a reforma no primeiro semestre, mas a proposta ainda tramita na comissão especial da Câmara dos Deputados.

Os analistas já alertaram que a reforma da Previdência tem andado de forma mais lenta do que o esperado no Congresso e que a economia fiscal obtida com proposta deve ser menor do que o esperado.

Nas últimas semanas, o mercado financeiro começou a dar sinais de preocupação com a agenda fiscal do governo. O dólar subiu para R$ 4, e bolsa de valores se afastou dos 100 mil pontos.

Na avaliação de Guedes, esses sinais são “secundários”. “Todo dia tem um barulho, não se deixem levar por esses sinais”, disse. “Não vamos nos perder por briguinhas.”

Outras medidas

Depois de aprovada a reforma da Previdência, o ministro da Economia disse que vai lançar várias medidas de estímulos para a economia. Entre as medidas estudadas, o governo promete reduzir o preço do gás, promover uma reforma tributária e descentralizar recursos com Estados e municípios.

“Se tem uma potência fiscal com a reforma, nós começamos depois a soltar as amarras fiscais da economia.”

Com a economia apresentando sinais de fraqueza, o governo tem sido cobrado para adotar uma série de estímulos com o objetivo de buscar um crescimento maior. Hoje, os analistas estimam que o país deve crescer perto de 1% neste ano. G1