EC Bahia

Chegou a hora da decisão para o Bahia, que neste sábado entra em campo no primeiro jogo da final da Copa do Nordeste. A partir das 16h, o time baiano recebe o Ceará, no estádio de Pituaçu, em um novo capítulo da rivalidade recente entre tricolores e alvinegros. Dono de três títulos do Nordestão, o Bahia busca o quarto para se igualar ao Vitória como maior campeão do torneio. Para conseguir o feito, terá que exorcizar alguns fantasmas.

O confronto com o Ceará se apresenta com uma revanche. Foi sobre o Bahia que o clube cearense conquistou as duas taças do torneio regional que possui, em 2015 e 2020. Curiosamente, ambas de maneira invicta, como o Vozão está também em 2021. Apesar do retrospecto negativo, o técnico Dado Cavalcanti minimiza o histórico e diz que o Bahia está pronto para escrever uma história diferente.

“O retrospecto não entra em campo. Vamos procurar fazer o trabalho que estamos fazendo, construindo uma história com o grupo na temporada 2021, com jogadores que nem sabem sobre isso. Por isso essa condição não será internalizada. A nossa dificuldade vai ser o confronto contra o nosso adversário, um time qualificado, que tem uma defesa expressiva”, garante o treinador. O jogo de volta será dia 8, no Castelão, em Fortaleza. Empate na soma dos placares leva a decisão para os pênaltis.

É uma final de contrastes. Para ficar com a “Orelhuda” – como a taça do Nordestão é carinhosamente chamada -, as fichas do Bahia estão depositadas no setor ofensivo. O tricolor tem o melhor ataque do torneio, com 20 gols marcados, e o mais positivo do Brasil na temporada. Até aqui foram 44 bolas nas redes adversárias em 22 jogos, média de dois gols por partida. Já o Ceará tem a melhor defesa: sofreu só três gols nos dez jogos da Copa do Nordeste.

A versão 2021 do Bahia chega para o confronto mais sólida do que a equipe do ano passado. O trio formado por Rossi, Gilberto e Rodriguinho vive grande fase e ganhou a companhia de peças que se tornaram parte do pilar do time, como o volante Patrick, o meia Thaciano e a dupla de zaga formada pelo argentino Germán Conti e Luiz Otávio.

“A ideia está consolidada, o entendimento existe desde os nossos defensores aos atacantes. Acho que, dos quatro momentos do jogo, o da organização ofensiva é o nosso melhor. Temos margem para evolução na organização defensiva e penso que, na transição defesa e ataque, podemos melhorar muito ainda. Existe um passo largo a ser dado, embora eu esteja muito satisfeito em relação às ideias. Existe uniformidade, sintonia, e isso me deixa satisfeito para que a gente busque maior evolução”, explica Dado Cavalcanti.

Além da rivalidade construída nos últimos anos, o Ceará colocará diante do Bahia velhos conhecidos. Fora o técnico Guto Ferreira e o meia Vinícius, que são remanescentes da temporada passada, o alvinegro se reforçou com a contratação de dois atacantes com passagem pelo tricolor, o colombiano Mendoza e Jael. No elenco tem ainda o meia Felipe, que também já defendeu o clube baiano. (Correio da Bahia)

Bahia: Matheus Teixeira; Nino Paraíba, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Patrick, Thaciano e Daniel; Rossi, Rodriguinho e Gilberto. Técnico: Dado Cavalcanti.

Ceará: Richard; Buiú, Messias, Luiz Otávio e Bruno Pacheco; Charles e Pedro Naressi; Lima, Vina e Mendoza; Felipe Vizeu. Técnico: Guto Ferreira.