Em depoimento ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o médium João de Deus afirmou que não se lembrava das mulheres que o acusaram de abuso sexual, segundo advogado dele, Alberto Toron. As declarações foram dadas nesta quarta-feira (26). Ainda de acordo com o defensor, o médium também negou ter cometido abusos contra mulheres que o procuravam para tratamento espiritual em Abadiânia, Goiás.

 

Ele respondeu perguntas dos promotores e da defesa. “Os promotores agiram com correção, foi importante e esclarecedor, já que ele respondeu a todas as perguntas. Ele disse que não se lembrava de quem eram as vítimas, ressaltou que atendida muitas pessoas e que era impossível lembrar pelo nome, até porque não foi mostrada nenhuma foto”, afirmou Toron.

Ainda de acordo com declaração do advogado, João de Deus foi questionado apenas sobre três casos de abuso sexual, não tendo sido perguntado sobre os R$ 1,6 mil reais, armas ou pedras encontrados. A defesa disse ainda que aguarda a denúncia do MP. “Sob prisma processual, pareceu satisfatória a audiência que tivemos. […] Só depois de sabermos qual o caso será detalhado na denúncia vamos definir os passos da defesa”, completou ele.

 

O médium está preso suspeito dos abusos sexuais e teve um segundo mandado de prisão deferido por posse ilegal de arma de fogo. Sobre os pedidos de soltura dele, Toron disse que vai aguardar o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o habeas corpus impetrado referente à primeira órdem de prisão, para então entrar com novo pedido de soltura, se for o caso.