Foto : Marcos Oliveira/Agência Senado

Indicação do presidente Jair Bolsonaro, o ministro Kassio Nunes Marques, em sua estreia no STF ( Supremo Tribunal Federal), uniu-se à corrente crítica à Lava Jato. Kássio manteve decisão individual do ministro Gilmar Mendes e impôs uma derrota à operação. O novo integrante da Corte se alinhou a Gilmar e Ricardo Lewandowski para esvaziar a Lava Jato e retirar a investigação contra o promotor Flávio Bonazza das mãos do juiz Marcelo Bretas, responsável pela operação no Rio de Janeiro. Preso em fevereiro deste ano, Bonazza é acusado pelo Ministério Público de receber mesada de R$ 60 mil de empresáriosde ônibus para agir dentro do MP em benefício de empresas investigadas. Em março, um mês após a prisão, o ministro Gilmar pediu a liberdade do promotor e remeteu o processo à Justiça Estadual, declarando a incompetência de Bretas para julgar o caso.  Hoje, Kássio e Lewandowski conseguiram formar maioria com Gilmar e mantiveram o afastamento de Bretas do caso. Os ministros Edson Fachin e Carmen Lúcia divergiram e defenderam a manutenção da investigação na Lava Jato fluminense. O posicionamento de Kassio em relação ao caso não é uma supresa. Em sabatina no Seando, ele reconheceu ser um magistrado de perfil garantista. Essa corrente do direito, a que pertencem Gilmar e Lewandowski, costuma privilegiar os princÍpios constitucionais que resguardam as liberdades dos investigados.