O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que seu pai, presidente Jair Bolsonaro, está tomando “muita pancada” por causa das denúncias sobre o suposto esquema de candidaturas laranjas do PSL nas eleições de 2018.

De acordo com ele, para que o partido volte à “normalidade” é necessário tirar o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) da Liderança. “O meu nome era o que mais angariava apoio [como líder do PSL na Câmara] e, neste momento, precisamos de apoio”, disse.

Na noite de sábado (19), Eduardo fez uma transmissão ao vivo de 20 minutos em sua página do Facebook e tentou explicar os motivos que causaram a ruptura interna do partido. Além de defender o pai, criticou companheiros da legenda e disse que os “recentes episódios” protagonizados por líderes da sigla dão “nojo”.

O partido se divide entre o grupo que apoia o presidente nacional da sigla, deputado Luciano Bivar (PSL-SP), e o que segue o Bolsonaro. As supostas candidaturas laranjas, reveladas em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, é 1 dos principais motivos.

O caso já levou à queda do ex-ministro da Secretaria Geral, Gustavo Bebianno, que foi presidente nacional do PSL nas eleições de 2018. Também deixa na berlinda o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que é investigado.

De acordo com Eduardo, 3 acontecimentos são os principais motivos da situação da sigla: o pedido de Bolsonaro para 1 apoiador esquecer o PSL; o pedido de obstrução feito por Waldir na votação da Medida Provisória 886/2019 e o pedido de Bolsonaro para que seja feita uma auditoria nas contas do partido.

No vídeo, Eduardo negou ter sido ele quem sugeriu o próprio nome para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Disse que só entrou na briga porque era o único consenso no grupo bolsonarista.

O filho do presidente voltou a atacar a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) que declarou apoio a Bivar. Na última semana, Joice foi destituída da liderança do governo no Congresso por Bolsonaro. Os 2 congressistas têm trocado ataques nas redes sociais. Poder360