Foto: Jorge Oliveira/bahia.ba

Em meio a uma onda de violência na Bahia, o secretário da Segurança Pública do Estado, Marcelo Werner, é aguardado desde março para prestar esclarecimentos aos deputados estaduais que formam a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública na Assembleia Legislativa.

Os seis meses de espera são classificados como “falta de respeito com o povo baiano” pelo presidente da comissão, o deputado Pablo Roberto (PSDB). O g1 teve acesso a documentos que mostram que Werner foi convidado pela comissão, em março, para falar sobre a segurança pública na Bahia. Apesar de ter confirmado a presença, ele não compareceu ao encontro.

Após a ausência, os parlamentares tentaram ouvi-lo em abril, por meio de uma “convocação de autoridade” – quando a Assembleia determina o comparecimento de autoridade ou pessoa para depoimento. No entanto, os parlamentares da base governista teriam feito uma “manobra” para retirar a convocação.

Por meio de nota, a SSP-BA informou que a secretaria não se negou a debater e informar as medidas que estão sendo adotadas para conter a escalada da violência na Bahia. Disse ainda que houve conflito de agenda em um dos encontros marcados, que o secretário Marcelo Werner se reuniu no dia 24 de abril deste ano com dois deputados estaduais no Centro de Operações e Inteligência (COI) e detalhou o motivo do não comparecimento do gestor da pasta em outras datas.

Desde o início deste ano, casos de repercussão são registrados na Bahia. Nos últimos meses, houve a chacina de Mata de São João, o assassinato de Mãe Bernadete e os tiroteios entre facções criminosas rivais entre os bairros do Alto das Pombas e o Calabar, em Salvador.

Na terça-feira (5), o secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, admitiu ainda que a guerra entre grupos criminosos é a principal causa da violência, e que as facções “querem implementar” a “política do terror” no estado. G1