Paula Fróes/CORREIO

A história do clássico entre Bahia e Vitória vai ganhar mais uma página nesta quarta-feira (17). A partir das 18h, as duas principais forças do estado entram em campo, no estádio de Pituaçu, no segundo Ba-Vi do ano. O jogo vale pelo Campeonato Baiano e terá mando do tricolor, que não tem a Fonte Nova à disposição por causa da reabertura do hospital de campanha na arena.

Numa temporada que promete ser tão intensa quanto 2020, Bahia e Vitória chegam para o duelo em momentos diferentes. Pelo lado do Esquadrão, o clássico de hoje se apresenta como a chance de uma revanche.

Faz apenas quatro dias que o Bahia foi derrotado pelo Vitória. Em jogo pela Copa do Nordeste, o Leão venceu por 1×0 no sábado, no Barradão. Na ocasião, o Bahia foi representado pelo time principal, treinado pelo técnico Dado Cavalcanti. Agora, a missão de vencer o Ba-Vi é da equipe de transição, que representa o clube no estadual.

Apesar da pouca idade, já que o grupo tem média de 23 anos, o time de transição vive momento de pressão. Além da responsabilidade de vingar o elenco principal e ainda buscar a primeira vitória como mandante no Baianão, o triunfo no clássico é necessário para que o Bahia não se complique no estadual.

Com duas derrotas em quatro jogos, o tricolor soma apenas quatro pontos e ocupa a sétima colocação. Empate ou derrota hoje coloca em risco a classificação para a fase semifinal. Atual campeão, o Bahia tenta o tetracampeonato do torneio.

“A gente pensa sempre no próximo jogo, os três próximos pontos são os mais importantes. Acredito que ter um resultado positivo no Ba-Vi e aí podendo ganhar confiança, a gente não vai precisar se preocupar com essas contas”, comenta o volante Raniele.

Sem favorito?
Do lado rubro-negro a situação é bem mais tranquila. O triunfo no clássico de sábado – em que não era apontado como favorito – deu confiança e motivação ao Leão. Diferente do Bahia, o Vitória manteve apenas um elenco após o fim da equipe sub-23, em março do ano passado, e vai ter time principal no confronto.

Mesmo diante de um adversário com pouca experiência e ainda em formação, o técnico Rodrigo Chagas rejeita o rótulo de favorito e diz que, se tratando de Bahia e Vitória, tudo pode acontecer.

“Não tem favoritismo. Ba-Vi nunca existiu isso. Acho que o que vai fazer a equipe favorita é dentro de campo. As ações dentro de campo, o comportamento dentro da partida. Dessa forma que a gente vai trabalhar dentro desse jogo. Desde que conheço o Ba-Vi, nunca houve favoritismo, independente do momento das equipes. A gente sabe da importância do jogo, do momento no Baiano. A gente necessita desse resultado para dar um salto maior na classificação”, explica o treinador.

Por causa de surtos da covid-19 em equipes adversárias, o Vitória fez apenas dois jogos no Campeonato Baiano e tem dois com data a definir. Mesmo assim, o Leão está invicto no estadual e soma os mesmos quatro pontos do Bahia. Se vencer o jogo de hoje o rubro-negro pode chegar até a terceira colocação, dentro da zona de classificação.

“Pés no chão. Ganhamos um jogo, um clássico, um Ba-Vi importante, mas nada mais. Temos ainda um longo caminho, seja no Baiano, que vamos enfrentar agora mais um clássico, seja na Copa do Nordeste, que foi o Ba-Vi que tivemos o resultado positivo. Acredito que temos que ter tranquilidade e discernimento para, jogo a jogo, estar tendo participação positiva. Acho que temos que jogar sempre com inteligência”. (Correio da Bahia)