Foto: Ascom ALBA

Na primeira sessão que marcou o início das atividades semipresenciais na Assembleia Legislativa da Bahia, os deputados estaduais aprovaram na manhã desta quinta-feira (27) a criação de uma nova estatal. A Bahiainsulina foi instituída como uma sociedade de economia mista e terá a permissão de produzir, fornecer e distribuir formulações insulínicas no estado. O hormônio é utilizado no tratamento de doenças como a Diabetes.

A sessão foi semipresencial, marcando o início gradual do retorno das atividades em plenário da Casa, paralisadas pela pandemia do Coronavírus. A aprovação foi comandada presencialmente do Legislativo pelo presidente Nelson Leal (PP) e dos deputados estaduais Victor Bonfim (PL) e Rosemberg Pinto (PT). Os outros parlamentares participaram via meios digitais.

A BahiaInsulina vai produzir os medicamentos com um investimento de R$ 200 milhões e subsidiados pela empresa ucraniana Indar. A nova estatal será o primeiro laboratório do país – e o primeiro do Hemisfério Sul – a produzir insulina, reduzindo a necessidade de importação do hormônio da Europa e dos Estados Unidos.

O texto final foi debatido na tarde desta quarta-feira entre a bancada de oposição da Assembleia e o secretário de Saúde da Bahia, o médico Fábio Vilas-Boas. “Houve um debate muito intenso na AL-BA a respeito da implantação da nova estatal, mas contamos, mais uma vez, com a maturidade política das bancadas da Situação e, sobretudo, da Oposição para defender, em primeiro lugar, os interesses do povo baiano. A BahiaInsulina será importantíssima para, pelo menos, 12 milhões de brasileiros – e mais de 200 mil baianos – com diabetes e que necessitam do hormônio”, elogiou Nelson Leal.

O diabetes é diagnosticado quando existe baixa produção de insulina pelo pâncreas, o que leva a um aumento considerável e muito perigoso da taxa de açúcar no sangue. Depois da hipertensão, é a doença que mais atinge a população brasileira. A Bahiainsulina irá utilizar a bactéria Escherichia Coli para produzir a substância, emulando um hormônio semelhante ao produzido naturalmente pelo corpo humano.

O líder da oposição, deputado estadual Sandro Régis (DEM), elogiou o projeto e ressaltou que o mais importante é a preocupação com a saúde e a vida. “Não concordamos somente com a redação do artigo 17º, que permitia que a BahiaInsulina pudesse participar do capital de outras empresas públicas ou privadas, sem autorização da Assembleia Legislativa. Mas, quanto ao mérito, o diabetes é uma doença que precisa do nosso combate incessante. Em três anos, a Bahia poderá produzir insulina mais barata e mais rapidamente”, justifica Régis. (BN)