Um empresário de São Paulo admitiu a responsabilidade pela gravação de um vídeo que celebrava a ditadura militar e que foi compartilhado via aplicativo de mensagens de celular com jornalistas por um número da Secretaria de Comunicação da Presidência. O vídeo trata o golpe militar de 1964 como um momento da história em que o Exército “salvou” o Brasil.

Nas imagens, um idoso diz que quem tem a idade dele se recorda do que chama de momento de “escuridão” para o país. O senhor então descreve o momento como um “tempo de medos e ameaças”, em que os “comunistas prendiam e matavam seus compatriotas”.

O homem ainda sugere que as pessoas mais novas procurem jornais e filmes do período para saber que “havia medo no ar”, “greve nas fábricas”, “insegurança”. O idoso completa afirmando que o Brasil se “lembrou” que “possuía um Exército” e, segundo ele, o povo conclamou pela ação dos militares.

Em nota enviada ao site Congresso em Foco, Osmar Stabile, eleitor declarado do presidente Jair Bolsonaro, disse que produziu o vídeo por sua iniciativa e com recursos próprios. Ele disse também que é um “entusiasta do contragolpe preventivo”, pois, segundo ele, é “assim que boa parte que os historiadores sem ideologias pré-concebidas enxergam ‘1964’”.