A defesa do empresário Joesley Batista pediu nesta terça-feira (27) à 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília para revogar as medidas cautelares impostas a ele em maio. Na prática, os advogados pedem que ele possa reaver seu passaporte e viajar para o exterior sem a necessidade de autorização judicial. A informação é do G1. A defesa fez o pedido ao juiz Marcus Vinicius Reis, o mesmo que soltou Joesley em março.

 

Os advogados André Luis Callegari e Ariel Barazzetti Weber alegam que as medidas cautelares impostas ao empresário precisam ser revistas porque o acordo de delação premiada ainda está em vigor. Segundo eles, Joesley já está em liberdade há 8 meses e “não mais subsistem as razões ensejadoras das medidas cautelares aplicadas”, diz a publicação.

 

O pedido foi feito em meio ao procedimento que corre no STF que analisa a validade dos benefícios da delação de quatro executivos da J&F: Joesley Batista, Wesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis. A decisão definitiva deve ser tomada pelo plenário só no ano que vem. Os advogados dizem que a restrição de não viajar para fora do Brasil só se justificaria “em caso fundado de receio de fuga, o que não se verifica em relação ao requerente”.

 

Joesley Batista foi preso duas vezes após o acordo de delação. A primeira, em setembro do ano passada, por suspeita de omitir informações da delação. A segunda prisão foi no dia 9 de novembro, na Operação Capitu, que investiga suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). No dia 12 de novembro Joesley foi solto por decisão do ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça. As informações são de Camila Bonfim, da TV Globo.