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O percentual de famílias endividadas alcançou 62,4% em março deste ano, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice é superior aos 61,5% de fevereiro e 61,2% de março do ano passado.

E também é o maior patamar alcançado desde setembro de 2015. Quando consideradas somente as dívidas ou contas em atraso, o percentual também aumentou, na comparação com fevereiro, de 23,1% para 23,4%. Por outro lado, a inadimplência em relação a março do ano passado caiu, de 25,2% para 23,4%.

Já o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes aumentou de 9,2% em fevereiro para 9,4% em março deste ano. Em março do ano passado, o índice havia alcançado 10%.

— Apesar da alta do percentual de endividados, o comprometimento médio de renda com o pagamento de dívidas ficou estável, refletindo condições ainda favoráveis de juros e prazos — comentou Marianne Hanson, economista da Confederação.

O cartão de crédito foi apontado como o principal vilão por 78% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 14,4%, e, em terceiro, por financiamento de carro, para 10%.

Famílias com renda menor estão mais endividadas

A pesquisa identificou também que o endividamento das famílias que ganham até dez salários mínimos passou dos 62,4% em fevereiro para 63,5% em março. Se comparado com o mesmo período do ano passado, houve uma variação positiva de 0,7%.

Já para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual de endividamento ficou estável entre fevereiro e março de 2019, em 58,3%, mas aumentou se comparado a março do ano passado, quando marcou 54%. (Informações do O Globo)