A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou um projeto de lei (PL) na Câmara dos Deputados para que as terapias de conversão sexual, a chamada “cura gay”, sejam equiparadas ao crime de tortura. A proposta foi protocolada dois dias após a morte da influenciadora Karol Eller, conhecida por apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na justificativa, a parlamentar afirmou que “os tratamentos de “cura gay”, são verdadeiras práticas de tortura e agressão à toda a população LGBTQIA+, cuja orientação sexual ou designação de gênero são características inerentes a cada sujeito, sendo impossível sua alteração”. Já nas redes sociais, Hilton alegou que a chamada ‘cura gay’ não cabe para as pessoas LGBTQIA+, pois, não são doentes.
“Pessoas LGBTQIA+ não estão doentes. E um suposto profissional da saúde mental ou liderança religiosa que diz ser capaz de mudar a orientação sexual de alguém, na verdade, só é capaz de realizar um espancamento psicológico até que a vítima negue a si mesma”, escreveu a deputada no X (antigo Twitter). “Não vamos aceitar que pessoas LGBTQIA+ continuem tendo a vida destruída para que fundamentalistas continuem, impunemente, tentando adequá-las aos seus preconceitos”, completou.