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Com a melhora nos indicadores econômicos, o calcanhar de Aquiles do governo Luiz Inácio Lula da Silva passou a ser a segurança pública. Estados que são governados pelo PT, como Bahia e Rio Grande do Norte, têm registrado episódios de recrudescimento da violência nos últimos anos. E a cúpula do partido começou a disparar “fogo amigo” contra o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), a quem responsabiliza pela situação.

Mais recentemente, Dino passou a ser cotado para assumir uma vaga como ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), o que aumentou ainda mais a disputa dentro do governo para tentar convencer Lula a fragmentar a estrutura do ministério, criando uma pasta voltada especialmente para a segurança pública. Na prática, isso repetiria uma fórmula já adotada no governo do ex-presidente Michel Temer.

O caso mais emblemático, e que pressiona o PT, é o da Bahia, Estado que foi governado nos últimos oito anos justamente pelo atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), um dos auxiliares mais próximos de Lula.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Estado foi o líder nacional no ranking de mortes violentas intencionais em 2022, com 6.659 registro desse tipo. Este número inclui, por exemplo, os homicídios dolosos; qualificados (como feminicídios); lesões corporais que terminam com morte; latrocínios, mortes de policiais e, por fim, assassinatos cometidos por eles próprios.

A escalada de violência nas cidades baianas teria relação, por exemplo, com a disputa por território entre facções criminosas que tentam se nacionalizar, como é o caso do Comando Vermelho e do PCC. A mesma explicação se repete em relação ao Rio Grande do Norte, que ganhou espaço no noticiário nos últimos meses após suas cidades terem sido alvo de ações coordenadas pela facção criminosa Sindicato do Crime, responsável pela onda de violência. Informações do Valor