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Foram apreendidas 522 espadas clandestinas em uma casa nesta última segunda-feira (10), no bairro Tabela, em Cruz das Almas. O proprietário da residência e do material foi preso em flagrante por investigadores da Delegacia Territorial (DT) da cidade. As investigações apontaram que na residência na Rua Amado Queiroz estavam sendo armazenados os materiais explosivos, conhecidos popularmente como espadas.

Com essa informação, a Polícia Civil solicitou à Justiça um mandado de busca e apreensão, deferido pelo judiciário e cumprido. Os fogos já estavam prontos para serem comercializados no período das festas juninas. Além dos artefatos explosivos, foram apreendidos seis pássaros silvestres.

O material foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT). Já os animais, seguiram para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras), de Cruz de Almas. O homem foi autuado em flagrante por portar arma de fogo modificada e segue custodiado na carceragem da unidade.

Ascom PC

Guerra contra as espadas

Cerca de duas semanas antes, a Polícia Militar apreendeu 700 kg de pólvora, 300 bambus enrolados com barbante e duas máquinas artesanais para enrolar os bambus em uma fábrica de espadas de fogos também em Cruz das Almas. O material foi apreendido na manhã do dia 26 de maio.

Policiais da 27ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) foram averiguar uma informação anônima de uma fábrica de espadas de fogo em uma fazenda, na zona rural do município. No local, foram encontrados diversos insumos, além de maquinário específico para produção do artefato.

A pólvora foi queimada em um local seguro por não haver possibilidade para armazenamento. O restante do material foi encaminhado para a delegacia local, onde a ocorrência foi registrada. Ninguém foi preso na época.

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) passou a proibir a guerra das espadas no estado em 2017. No último São João antes da pandemia, em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou a decisão, mantendo a criminalização. Apesar da proibição, há a realização clandestina das guerras de espadas. Correio da Bahia