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Apesar de ainda não ter sido identificada no Brasil, a variante indiana do coronavírus preocupa e é tema de alerta feito por especialistas brasileiros. A mutação que já foi localizada em 17 países, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Especialistas ouvidos pelo Estadão acreditam que a variante deve ser identificada no Brasil em breve.  Diante disso, fazem um alerta ao governo federal para que medidas, como barreiras sanitárias, sejam adotadas, além de testagem para pessoas chegadas de outros países.

Conforme a reportagem, ainda não há conhecimento científico suficiente que indiquem a possibilidade dessas mutações serem mais virulenta. Esse desconhecimento é destacado pela imunologista Ester Sabino, da USP. A cientista é uma das responsáveis pelo sequenciamento do vírus no Brasil. A variante indiana foi classificada pela OMS como “variante de interesse”. É diferente daquelas identificadas inicialmente no Reino Unido, Brasil e na África do Sul, consideradas “variantes de preocupação”.

À reportagem, o virologista Fernando Spilki, da Universidade Feevale, ressaltou que a não implementação de bloqueios sanitários ou, pelo menos, testagem e quarentena para quem chegar de outros países com transmissão sustentável dessa variante, ela deve chegar ao Brasil. “Nesse ponto, sou pessimista, acho que a tendência é que chegue mesmo porque, até agora, o Brasil não teve nenhuma política de bloqueio de entrada de passageiros, nem controle rigoroso na chegada de viajantes”, acrescentou.