Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

O Vitória teve altos e baixos na noite desta segunda-feira, no Barradão, e somou apenas um ponto na luta contra o rebaixamento no Brasileiro. O Rubro-Negro ficou no empate por 2 a 2 com o Cruzeiro, depois de abrir dois gols de vantagem e ter o zagueiro Neris expulso. O Leão deixou escapar dois pontos já na reta final da partida válida pela 23ª rodada.

Durante entrevista coletiva após o jogo, o auxiliar técnico Estéphano Djian, que comandou o Vitória na ausência de Thiago Carpini por causa de suspensão, lamentou o resultado e reclamou do lance do segundo gol cruzeirense.

– Acho que posso destacar como positivo o desempenho dos jogadores, eles correram bastante. Não queríamos esse empate, pelo tanto que a gente lutou dentro de campo, mas acaba tendo essa dificuldade com um a menos. Os atletas correram. No segundo turno estamos com um aproveitamento bom, duas vitórias, uma derrota e um empate. Já ressaltamos que teríamos que fazer um segundo turno melhor do que o primeiro turno. Fica uma chateação, porque sabemos que no 11 contra 11 a gente iria conseguir mais – iniciou Djian.

Em relação ao segundo gol cruzeirense, os rubro-negros reclamaram de mão de Matheus Henrique, no início da jogada, e falta de Dinenno em Léo Naldi, no momento da finalização do atacante. O auxiliar técnico concorda.

– Era esse o sentimento dos atletas, mas aconteceu o empate, com direito a esse lance polêmico, como o presidente falou. A gente fica chateado, porque todo mundo que acompanhou a partida viu como foi, se a imagem tivesse sido mostrada iria dar pra ver o toque de mão. Fora o empurrão no Léo Naldi, que desestabilizou o jogador. Fica essa nossa retomada no segundo turno, com os atletas focados e com cabeça boa para enfrentar o São Paulo no Morumbi e sair com resultado favorável – disse Djian.

Depois de marcar com Osvaldo e do golaço de Alerrandro, o Vitória fez bom jogo até ter Neris expulso, aos 37 minutos do primeiro tempo. Com isso, Djian sacou Alerrandro e colocou o zagueiro Edu em campo. Na volta para o segundo tempo, Carlos Eduardo substituiu o meio-campista Machado.

– Nós precisamos tirar o Alerrandro no primeiro tempo, acabamos sacrificando ele para quando estivéssemos marcando a gente pudesse deixar o Matheusinho centralizado em cima do volante deles e deslocando o Ryller do lado para ter uma sustentação. Quando tivesse a bola, o Matheusinho caía mais pelos lados onde o Cruzeiro deu mais espaços e onde conseguimos criar nossos melhores lances. Na volta para o segundo tempo, deixamos o Matheusinho na direita, onde ele já está habituado a jogar – disse o auxiliar técnico.

– O Carlos Eduardo era para uma situação em que a gente tivesse o domínio da bola, já que o Zé Hugo é um cara de muitas bolas longas. Com o Cruzeiro na pressão e muitos chutes nossos para frente, ele, provavelmente, iria ficar correndo sem muito objetivo lá na frente. O Carlos é um cara que consegue sustentar mais a bola, e o Zé Hugo é mais para a saída de bola, por isso deixei ele mais para o final.

As mudanças não surtiram o efeito desejado (Léo Naldi, Zé Hugo e Caio Vinícius também entraram em campo). Na reta final da partida, o Vitória sofreu dois gols e quase levou a virada. Pelo menos chegou a 22 pontos e deixou a zona de rebaixamento. Agora, o Leão encara o São Paulo, neste domingo, pela 24ª rodada da Série A. A partida contra o clube paulista está marcada para as 18h30 (de Brasília), no Morumbis. Globoesporte