As estradas federais que cortam a Bahia registraram 580 mortes por acidentes em 2017, segundo estudo divulgado nesta última segunda-feira (29) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O levantamento traz informações sobre trechos mais críticos, faixas etárias mais atingidas, causas presumíveis e tipos de acidentes mais comuns.

 

O número de óbitos foi 6% a menos que o contabilizado em 2016 (614). Do total de acidentes com mortes registrados em 2017, 38,8% foram em decorrência de acidentes do tipo colisão frontal. O atropelamento de pedestres vem em seguida, com 13,85%. Depois, capotamento (11,45%), colisão transversal (9,75%) e colisão traseira (6,67%).

 

As BRs 101 (33%) e 116 (30%) são as que mais registraram acidentes com mortes. A BR-324 (11%) aparece em terceiro lugar. Sessenta e um por cento das vítimas foram pessoas de 21 a 50 anos. O dia da semana que mais contabilizou acidentes e mortes foi o domingo. O número de acidentes nas estradas federais teve redução de 16% em 2017, na comparação com o ano anterior. Em 2017, foram 4.678 feridos, 473 a menos do que em 2016.

 

Em 2017, foram contabilizados 4.549 acidentes (em 2016, foram 5.408). Desses, 29,23% foram provocados pela falta de atenção dos condutores. Logo depois vem a velocidade incompatível, com 14,19%, seguida das ultrapassagens indevidas (12,14%), conforme a PRF. Do total de ocorrências, 1.159 foram consideradas graves, ou seja, quando ocasionam ferimento grave ou morte.

 

O número de acidentes desse tipo caiu 8% se comparado ao ano anterior, quando foram registrados 1.258. A trajetória de redução das ocorrências, segundo a PRF, se iniciou em 2012, quando houve 1.653 acidentes graves no estado, revertendo a trajetória crescente dos anos anteriores. Essa tendência, caso fosse mantida, segundo o órgão, levaria a Bahia a ter mais 10.452 acidentes graves no acumulado entre 2012 e 2017.

 

Dessa maneira, os acidentes evitados no período geram uma economia de R$ 1.011.207.901,08, considerando o custo de R$ 96.747,79 por acidente com vítima levantado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). As 2.135 mortes evitadas desde 2012 resultaram, ainda de acordo com a PRF, em uma economia de R$ 1.317.676.133,72, considerando o custo (R$ 664.821,46) de cada acidente com vítima fatal, de acordo com o IPEA . Foram 1.982 acidentes com vítimas fatais evitados, diz o órgão.