Ainda é um mistério no meio policial em Brumado, no sudoeste da Bahia, a forma como o acusado de tentativa de latrocínio Kaique Alves Cesar, 22 anos, teve acesso a um macaco hidráulico, usado para romper uma viga de concreto e ferro do teto da carceragem local, o que possibilitou a fuga dele e de mais dez presos.

A fuga ocorreu na madrugada do dia 19 de julho de 2016 e, desde então, Kaique, que é paulista e no mundo do crime é conhecido como “Dentinho” ou “Coelho”, não foi mais localizado pela polícia. Esta semana, numa atualização do Baralho do Crime, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) o colocou como “Três de Ouros”.

De acordo com um policial civil de Brumado, acredita-se que o foragido esteja em terras paulistas, por isso o mandado de prisão contra ele já foi colocado no sistema da Polinter (o serviço de polícia interestadual), dando ciência sobre o fato a outros estados.

Quando fugiu, Kaique Alves César estava preso preventivamente e havia sido denunciado por tentativa de latrocínio, ocorrida na noite de 25 de maio de 2016, em Brumado, quando tinha 18 anos.

A vítima foi Josemar Silva Ferreira, gerente da empresa Novo Horizonte. Ele foi atingido com dois tiros de revólver calibre 32 por resistir ao roubo de uma pochete com objetos pessoais e dinheiro. Josemar teve lesões graves, mas sobreviveu.

Em Brumado, Kaique já era conhecido da polícia pela prática de roubo a mão armada. Na manhã de 19 de agosto de 2015, aos 17 anos, ele entrou num estabelecimento comercial no centro da cidade se passando por um cliente, sacou um revólver e obrigou a funcionária a lhe dar R$ 1 mil.

Antes de fugir, ele ainda deu um tapa na cabeça da funcionária, Marlene Silveira Silva, e a obrigou a deitar no chão. Apreendido, Kaike alegou que a arma era de brinquedo e disse que cometeu o roubo porque precisava pagar o aluguel da casa – afirmou ainda que levou R$ 200 e não R$ 1 mil.

“É um rapaz que a gente via vez por outra envolvido em confusão, e esse crime contra o funcionário da Novo Horizonte deixou muita gente perplexa, porque ele é uma pessoa conhecida e bem vista por todos. Esperamos que a foto dele no Baralho do Crime ajude a localizá-lo”, disse um investigador da Polícia Civil de Brumado.

Integrante da Katiara

Também estreante no Baralho do Crime esta semana, Érico Santos de Almeida Nascimento tem 29 anos e é conhecido como “Paulista”, “Paulistinha” ou “Queca”. Integrante da facção Katiara, ele é procurado por tráfico de drogas e homicídio, crimes cometidos em diversas cidades da região Norte e Nordeste da Bahia, sobretudo em Euclides da Cunha.

Érico fugiu da carceragem de Tucano em 2016, e a polícia acredita que ele possa estar na região de Feira de Santana ou na Região Metropolitana de Salvador. O criminoso já foi condenado também por roubo qualificado, ocorrido em uma bomboniere e em um mercado em Nova Soure, em 2010. Cinco anos depois, ele foi preso em uma casa em Tucano com diversos tipos de drogas: maconha, crack, cocaína e uma balança de precisão. Segundo a polícia, ele atua como braço direito do traficante Hugo.

Qualquer informação que possa auxiliar na prisão de Kaique, Erico ou de outros procurados, pode ser encaminhada por meio dos telefones do Disque Denúncia – (71) 3235-000 – em Salvador e RMS, 181 para o interior do estado ou através do site oficial da ferramenta no ‘Denuncie Aqui’. O anonimato é garantido. Correio da Bahia