Foto: Eduardo Galeno / Divulgação

Sérgio Reis, de 81 anos, está disposto a se entregar para a Polícia Federal, caso seja necessário, após a repercussão de um áudio no qual o cantor convoca uma greve nacional contra os ministros do Supremo Tribunal Federal. Em entrevista ao ‘Domingo Espetacular’, da Record TV, o sertanejo se desculpou pelo posicionamento, mas disse não ter se arrependido do que falou.

“Eu errei, cara, quem que não erra, quem não faz uma bobagem um dia? Não me arrependo de nada, só essa frase infeliz que brinquei com um amigo e vazou, mas não é a realidade. […] Quero me redimir com esse povo, desculpa. Até o Supremo, se tiver algum pedido para me prender, aceito com respeito. Não saí daqui, não me escondi. Se 6h da manhã vier a Polícia Federal aqui em casa, eu me entrego. […] Eu sou democrático, sou do bem, sou do amor”, disse.

O artista, que foi chamado de “velho gagá” nas redes sociais, ainda lamentou o abandono da classe artística após o caso estourar na mídia. “Só o Roger do Ultrage a Rigor me mandou uma mensagem dizendo que está do meu lado. Foi o único artista”, disse. No final de semana o cantor Zé Ramalho desistiu de participar do novo disco de Sérgio Reis e desautorizou o artista a gravar a música ‘Admirável Gado Novo’.

Além dele, Maria Rita, Guilherme Arantes e Gutemberg Guarabyra cancelaram a participação no projeto por não concordarem com o posicionamento político do artista. Durante a entrevista, o veterano chegou a se exaltar ao ser questionado sobre o áudio. O artista, que disse ter passado por momentos difíceis ao longo da semana, ameaçou interromper a entrevista. “Fui massacrado esses dias, nunca me telefonaram tanto na minha vida. Não estava bem fisicamente, emocionalmente, para dar qualquer entrevista. Estou triste”, disse ele.