O deputado federal e ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (Cidadania-RJ) informou que irá encaminhar um requerimento para solicitar esclarecimentos ao ministro Osmar Terra (Cidadania), sobre as declarações de Roberto Alvim, diretor de teatro que recentemente convocou “artistas conservadores” para criar uma “máquina de guerra cultural”.
“Se a gente coloca a arte nessa perspectiva de direita e esquerda, nós começamos a enveredar por um caminho muito perigoso e que é próprio dos regimes totalitários”, disse Calero, à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
“A arte acaba sendo uma forma de você se expressar politicamente e isso é muito bom. Mas não pode ser um critério de adoções de políticas públicas como transpareceu na publicação do Alvim”, destacou o ex-ministro, exonerado do governo de Michel Temer, após denunciar irregularidades do baiano Geddel Vieira Lima, que pressionava o Iphan para liberar a construção de um edifício no qual tinha um imóvel, em Salvador.
Bolsonarista, Alvim ganhou um cargo no governo federal – ele assumirá a direção do Centro de Artes Cênicas da Funarte -, após alegar que tem sido boicotado pelo setor cultural, por conta de sua posição política.
