Embora não tenha sido divulgado um boletim oficial da visita ao ex-presidente Lula da Silva, foram mais de duas horas de conversa entre ele e Fernando Haddad. Relatos confirmam que o ex-presidente está cético com relação aos seus futuros julgamentos, informa a coluna da jornalista Mônica Bergamo no jornal Folha de São Paulo. Para o ex-presidente, o clima no país dificulta uma análise serena de sua defesa.

 

Lula também disse não esperar que Ciro Gomes se ausentasse por completo do segundo turno das eleições, mas elogiou o pedetista: “Ciro é um ser humano que vale a pena”, disse ele. Sobre Sérgio Moro, disse que nunca alimentou ilusões e que o considerava um quadro político – mas que a rapidez com que isso se concretizou, no entanto, foi uma surpresa.

 

A reportagem informa ainda que “Fernando Haddad não assumirá cargo no PT —nem mesmo na Fundação Perseu Abramo, como era cogitado. Ele combinou com Lula que seguirá na política, mas fora das estruturas partidárias”. A matéria relata os detalhes da visita: Haddad visitou Lula na prisão ontem (7), com outros advogados. Segundo relatos, o presidente está cético em relação aos futuros julgamentos que enfrentará na Justiça Federal.

 

Acredita que o clima no país dificulta uma análise serena de sua defesa”. E acrescenta o tom do ex-presidente sobre Ciro Gomes: “ele falou também sobre Ciro Gomes. Disse que não esperava que o pedetista se ausentasse por completo do segundo turno das eleições —ele foi passear na Europa. Ainda assim, disse que separa questões políticas das pessoais e elogiou: “'iro é um ser humano que vale a pena'.”

 

Sobre Moro, a jornalista Mônica Bergamo reitera a estupefação do ex-presidente com a celeridade não da justiça, mas da metamorfose de um juiz em político: “Lula falou ainda sobre Sergio Moro. Afirmou que sempre acreditou que o juiz militaria fora da magistratura pois o considerava um quadro político. Mas se surpreendeu com a rapidez com que isso ocorreu”.