Agência Brasil

A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge se pronunciou na quarta-feira (16) sobre o presente que recebeu da ex-procuradora-geral de Justiça da Bahia, Ediene Lousado. A entrega da lembrança foi revelada em uma petição do Ministério Público Federal (MPF) no curso da Operação Faroeste e sugeria uma coptação da chefe do MPF. O diálogo em questão foi encontrado pela Polícia Federal no celular do joalheiro Carlos Rodeiro e remonta a junho de 2019. Na conversa, Ediene diz que Raquel “amou o presente” e encaminha uma foto ao lado da procuradora. A ex-PGR afirma que a foto foi tirada na 4ª Conferência Regional das Procuradoras e Promotoras de Justiça, em São Paulo, sendo um evento “institucional e público”. “Esclareço que ela pessoalmente entregou-me uma lembrança com búzio – concha do mar, peça típica da Bahia”. Segundo Raquel Dodge, nos dois anos de seu mandato, Ediene Lousado nunca tratou diretamente com ela sobre o inquérito da Faroeste ou qualquer outra investigação de natureza penal. O inquérito da Operação Faroeste foi aberto na gestão de Dodge, com adoção de diversas medidas, como busca e apreensão, interceptação de comunicação e de transações bancárias requeridas que fundamentaram “novas buscas e apreensões, pedidos de prisão de desembargadores, apreensão de celulares, inclusive do joalheiro citado na matéria, afastamento dos cargos e denúncia”.