Foto: Rita Barreto

Secretário de Turismo da Bahia no primeiro governo Jaques Wagner (PT), Domingos Leonelli (PSB) fez duras críticas à alta cúpula petista por conta da condução de montagem da chapa governista para as próximas eleições ao Governo do Estado e foi taxativo ao afirmar que ACM Neto (União Brasil) é o grande beneficiado com a saída de Wagner do pleito, classificando a “manobra” como um “cavalo-de-pau num transatlântico”.

“A parte que tocava à esquerda nessa chapa era a candidatura de Jaques Wagner ao Governo do Estado. O correto senador Otto Alencar seria candidato à reeleição [no Senado]. O PP continuaria como vice. Era um consenso aceito por todos os partidos que mesmo não participando da chapa majoritária (PSB, PCdoB, Avante e outros) sentiam-se nela representados”, afirmou. Para Domingos Leonelli, Rui Costa (PT) deveria fazer por Wagner o mesmo que o senador “fez por ele em 2014”: “não seria apenas por gratidão, mas sim por necessidade política dada a força da candidatura de ACM Neto”, apontou em seu texto, publicado no Facebook.

Leonelli também classificou a saída de Wagner como uma manobra desrespeitosa com os partidos da base, como PSB, PC do B e Avante, por exemplo. “As possíveis razões desse cavalo-de-pau num transatlântico são puramente petistas e não levaram em conta as outras forças progressistas da Bahia. Atribui-se a responsabilidade a Lula, querendo trazer o PSD para sua aliança eleitoral já no primeiro turno, e ao desejo de Rui Costa de aproveitar os altos índices de aprovação do governo para candidatar-se ao Senado. E, a Wagner, a compreensão de que sua eleição seria muito difícil se Rui abandonasse o governo em abril”, escreveu pessebista. BNews