(Foto: Will Shutter - Câmara)

O Diretório Nacional do PSL confirmou nesta terça-feira (3) punição a 18 deputados da sigla ligados ao presidente da República, Jair Bolsonaro. As penas vão de advertência até suspensão das atividades partidárias por 12 meses e foram recomendadas pela Executiva Nacional da legenda na semana passada. Nesta terça, o diretório homologou as punições. Pela decisão do comando do PSL, estão suspensas as atividades partidárias de:

  • Bibo Nunes: 12 meses
  • Alê Silva: 12 meses
  • Bia Kicis: 6 meses
  • Carla Zambelli: 6 meses
  • Carlos Jordy: 7 meses
  • Daniel Silveira: 12 meses
  • Eduardo Bolsonaro: 12 meses
  • General Girão: 3 meses
  • Filipe Barros: 6 meses
  • Junio Amaral: 3 meses
  • Luiz Philippe de Órleans e Bragança: 3 meses
  • Márcio Labre: 6 meses
  • Sanderson: 10 meses
  • Vitor Hugo: 7 meses

Outros quatro deputados foram punidos com advertência. São eles:

  • Aline Sleutjes;
  • Chris Tonietto;
  • Hélio Lopes;
  • Coronel Armando.

Comissões da Câmara

A situação dos deputados do PSL suspensos que integram comissões na Câmara dos Deputados ainda está indefinida. Como são indicados para as comissões pelo líder da sigla, a vaga desses parlamentares ainda dependerá de avaliação do partido.

O regimento da Câmara, no entanto, assegura o direito de os deputados serem titulares de ao menos uma comissão permanente. Esse ponto também poderá ser considerado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Os deputados que presidem comissões, como o caso de Eduardo Bolsonaro (Comissão de Relações Exteriores) não perdem o cargo porque foram eleitos.

Crise no partido

O racha no PSL se agravou após o presidente Jair Bolsonaro fazer críticas públicas ao presidente do partido, Luciano Bivar. A ala bivarista passou a acusar os deputados ligados a Bolsonaro de ataques à legenda e de indisciplina.

O presidente e um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro, pediram desfiliação da legenda e pretendem migrar para um novo partido, que se chamará Aliança pelo Brasil. Os cerca de 20 deputados do PSL ligados a Bolsonaro também devem se filiar a ele, após a criação da sigla.

No mês passado, Bolsonaro afirmou a um apoiador para “esquecer” o partido, acrescentando que Bivar estaria “queimado para caramba”. Essa declaração de Bolsonaro desencadeou uma crise, dividindo a sigla entre seus apoiadores e os de Bivar.

A crise no PSL se refletiu na disputa pelo comando da liderança da legenda na Câmara, com uma guerra de listas pelo cargo, opondo Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente, e o deputado Delegado Waldir (PSL), ligado a Bivar. No final de outubro, a sigla instalou o conselho de ética para julgar Eduardo e mais 18 deputados, todos aliados a Bolsonaro, por indisciplina. G1