Familiares e amigos da grávida Jéssica Regina Macedo Carmo, morta na cidade de Santo Estevão, a cerca de 150 quilômetros de Salvador, fizeram um protesto nesta última quarta-feira (9), na frente do fórum do município. A manifestação aconteceu com o objetivo de pedir a prisão preventiva do suspeito, o ex-vereador George Passos Santana.

“Primeiro ele [promotor] me disse que já estava no caso, que entrou em contato com delegado de Feira de Santana e que tem muita gente empenhada em solucionar o caso da minha irmã. Só que a gente quer uma resposta sobre a prisão preventiva e isso não aconteceu”, disse Vitória Régis, irmã de Jessica.

A irmã da vítima contou que um promotor do Ministério Público afirmou que a prisão preventiva do suspeito ainda não foi pedida, porque a Polícia Civil não tem elementos suficientes para fazer a solicitação à Justiça.

“A gente está com medo, a gente tem medo e a gente quer a prisão preventiva dele para já. A gente quer justiça e para a gente ficar satisfeito, ele tem que estar preso, tem que responder”, desabafou Vitória.

Os familiares, que seguravam cartazes e balões, dizem que não vão desistir de cobrar resposta sobre o caso. “Ele está solto, ele está se respaldando e a gente fica como? O que a gente quer é uma resposta da Justiça, do Ministério Público e a gente vai atrás”, disse a irmã de Jessica.

“Ele é uma pessoa possessiva. Todo mundo sabe que ele é muito possessivo. Tanto é que ela só ficava em casa, só vinha ver a filha e não demorava quase nada e ia embora”, disse Vitória Régis.

Jéssica Regina Macedo Carmo estava com nove meses de gestação e foi baleada com um tiro nas costas, no último sábado (5). George alegou que o disparo foi acidental, mas a família da vítima rebateu a informação.

Mesmo após se apresentar na delegacia, George não foi preso porque havia passado o prazo do flagrante.

George ocupava o cargo de chefe de gabinete na prefeitura e foi exonerado do cargo na segunda-feira (7). Na ocasião, a prefeitura também repudiou “qualquer tipo de violência, sobretudo aquela praticada contra mulheres”.

O caso era investigado pela Delegacia de Santo Estevão. No entanto, a delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, determinou que a Coordenadoria Regional de Feira de Santana assuma o trabalho, para que o inquérito seja concluído com mais rapidez. G1