O fechamento do resort de luxo localizado na cidade Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, na Bahia, anunciado na quarta-feira (20) pelo Club Med, compromete cerca de 1 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, na região. O empreendimento, que está instalado há 40 anos na cidade, terá o funcionamento encerrado no dia 31 de julho. A empresa não detalhou o destino do imóvel e nem se os funcionários serão realocados para outras unidades.

Funcionários não escondem a preocupação. “Vai fazer muita falta, porque na Ilha não tem trabalho. Então, a gente sente muito”, destaca a cozinheira Crispiniana Alves, que trabalha no resort. Ela afirma que já está perto de se aposentar, mas lamenta pelos colegas que devem ficar sem emprego.

Além dos 200 empregos diretos, parte da economia da região também depende da movimentação de funcionários e hóspedes do resort.

Dilson Pereira tem um ponto de táxi em frente ao Club Med há 19 anos e diz que ainda não sabe o que vai fazer depois que o hotel fechar as portas. “Não sei o que vou fazer da vida. Vou ter que ir embora, porque não tem outro trabalho aqui”, afirma.

Larissa Oliveira, diretora financeira de uma empresa de transportes que atua na cidade há 23 anos e que foi criada por conta da demanda do hotel, também relata preocupação. Atualmente, quase metade da receita da empresa é resultado do traslado de hóspedes e colaboradores do empreendimento.

“Fazíamos transporte de hóspedes com ônibus e depois passamos a operar com van. No caso de fechamento do clube, a gente estima que tenha que demitir, por baixo, umas 15 pessoas, 15 pais de família, dentro da situação da ilha, porque a gente não tem outra fonte de renda”, afirma. G1