A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) avaliou o desempenho da indústria do estado traçou as perspectivas para o setor em 2021, após um 2020 em que a pandemia da Covid-19 impactou toda a sociedade. As análises setoriais foram elaboradas pela equipe da Gerência Executiva de Desenvolvimento Industrial. O levantamento aponta as variáveis que se desenham no ambiente econômico, alertando para os gargalos que, do ponto de vista da indústria, precisam ser sanados para conduzir a economia nacional à rota de recuperação.

Com participação de 21,8% no Produto Interno Bruto (PIB) do estado e ocupando a 7ª posição no ranking nacional, com 4,3% de participação no Valor da Transformação Industrial (VTI), a indústria de transformação foi um dos segmentos afetados pela pandemia da Covid-19, com determinados setores registrando quedas acima de 30% na produção física.

Apesar das verificadas retrações, no comparativo com 2019, e considerando o contexto econômico global de 2020, o agregado da indústria baiana deve fechar o ano com um quadro de relativa estabilidade, projeta a Fieb. A estimativa é de recuperação nos últimos meses do ano, caminhando para uma projeção de crescimento em 2021 da ordem de 5%, acompanhando as expectativas para a indústria nacional.

Em relação à geração de empregos, até o mês de outubro o setor industrial baiano criou 5.747 novos postos formais de trabalho, sendo a maior parte (3.007) na indústria da construção. A taxa de desemprego deve continuar alta, mas um eventual avanço na vacinação tende a colocar mais gente de volta ao mercado de trabalho.

A Fieb prevê que a indústria da Bahia deverá ser impulsionada em 2021 principalmente pelos setores automotivo e de refino, que tendem a manter o ritmo de crescimento ou a superar as perdas de 2020. Para a indústria automotiva, as empresas do setor já trabalham com uma projeção de crescimento de 20% a 25% no ano que vem, desde que não haja novos lockdowns.

Também os setores de plástico e borracha devem retomar a atividade com a previsão de reaquecimento do mercado interno. A indústria da borracha – especialmente os fabricantes de pneus – deve colher os resultados da recuperação das vendas da indústria automotiva na Bahia. A Bahia conta com um moderno parque de fabricação de pneus, o que também favorece a retomada da produção em condições competitivas.