O jovem José Vitor Ramos, de 18 anos, que foi ferido por um machado durante o ataque à Escola Estadual Professor Raul Brasil, “inspira cuidados psicológicos pois ainda tem receio de deixar a unidade hospitalar”, informou o boletim médico do Hospital Santa Maria.

José Vitor chegou a pé no hospital com o machado pendurado no ombro. Foi operado e, segundo o hospital, seu estado de saúde é estável. José Vitor relatou o pânico que viveu na escola.

“Parecia bomba. Daí eu vi que não era bomba, era tiro. Apareceu moleque saindo da diretoria com a arma na mão. Todo mundo correndo e ele atirando. Vi um moleque agarrando a porta tentando abrir a porta da sala e o terrorista encheu ele de bala. Fui na diretoria e vi as tias, a diretoria caída no chão já morta. Vi o outro assassino na frente. Ele tacou o machado em mim. Eu saí correndo e vim para o hospital.”

O médico angiologista Austelino Vieira Mattos relatou o atendimento a José Vitor. “Ele recebeu um golpe de machado no ombro direito e veio com o machado pendurado no braço. Levamos ele direto ao centro cirúrgico e fizemos a cirurgia para remover o machado e ver se não tinha nenhuma lesão em algum vaso. Graças a Deus não chegou a pegar braço. Ele vai evoluir bem”, disse Mattos.

Ainda segundo o boletim médico, José Vitor Ramos e o outro paciente internado no Santa Maria, Samuel Silva Félix, de 14 anos, apresentam quadro clínico com evolução positiva segundo informações do G1.