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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Fazenda), estima que até 2,5 milhões de pessoas com dívidas de até R$100 possam ficar com o nome limpo caso todos os bancos participem do Desenrola Brasil. O programa, uma promessa de campanha de Lula (PT), entrou em operação na segunda-feira (17), com a renegociação de dívidas diretamente com instituições financeiras para os brasileiros com renda de até R$ 20 mil.

Na etapa em vigor, o devedor tem até 12 meses para pagar as dívidas contraídas até 31 de dezembro de 2022. Neste período, os bancos não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO), mas vão receber um incentivo regulatório. A estimativa total do programa é que cerca de R$ 50 bilhões sejam negociados, beneficiando 30 milhões de pessoas.

“Tem um banco só que estava em dúvida se aderia ou não, porque viu pouca vantagem no crédito presumido, e tem 1 milhão de CPFs negativados”, disse o ministro A instituição em questão é o Nubank. “Se aderirem todos os grandes bancos, são 2,5 milhões de CPFs [desnegativados].”

Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica e Santander aderiram ao programa. Ao negociarem as dívidas, eles terão direito a um crédito presumido que pode acabar melhorando a posição de capital do banco e impulsionando novos financiamentos.

Os bancos participantes se comprometem a não fazer mais a cobrança ativa das dívidas e terão até o final de julho para retirar os nomes da lista de inadimplentes. “A dívida continua em termos contábeis, juridicamente com o banco, mas a negativação e os efeitos da negativação são suspensos de forma definitiva”, explicou o assessor da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Alexandre Ferreira. Metro1