O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse neste último sábado (15), nas redes sociais, que lamenta o que chamou de pedras lançadas contra o futuro governo Jair Bolsonaro. A manifestação do ex-presidente foi publicada em meio à polêmica do relatório que identificou movimentações financeiras atípicas na conta de um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito.

 

“Diariamente há pessoas acusadas de corrupção ou mau uso de dinheiro publico. Lamento que antes de começar o novo governo pedras sejam lançadas”, disse Fernando Henrique Cardsoso, em sua página através do Twitter. “É preciso verificar, antes de condenar, mas sem confiança e credibilidade impossível reconstruir o país, como a maioria do povo deseja.”

 

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) produzido em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro indicou movimentação financeira atípica do ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, que movimentou cerca de R$ 1 milhão de reais entre janeiro do ano de 2016 e janeiro de 2017, de acordo com o relatório do órgão. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de São Paulo.

 

A conta de Queiroz recebeu depósitos de dinheiro em espécie sempre após o dia de pagamentos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele realizava saques dias depois, caracterizando uma conta de passagem, na qual o real beneficiário do dinheiro não é o seu titular.

 

A suspeita é de que o policial militar fosse o responsável por recolher parte dos salários de servidores do gabinete de Flávio Bolsonaro, uma prática comum no Legislativo. O senador eleito, deputado estadual há 15 anos, nega o caso. Também nas redes sociais, Flávio Bolsonaro disse que não fez nada de errado e é “o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem”.