Agência Brasil

Mais de 1 milhão de pessoas que estão devendo ao Fies – Fundo de Financiamento Estudantil vão poder renegociar as dívidas com até 99% de desconto. Os interessados têm que procurar o banco responsável pelo financiamento. Esse contato pode ser presencial, por telefone ou pelo aplicativo. O Fies é oferecido pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. A Cíntia Lima se formou em administração com ajuda do Fies, mas não conseguiu pagar as parcelas do empréstimo. Estava devendo R$ 54 mil e conseguiu renegociar essa dívida – que caiu para R$ 4 mil.

“É um valor que coube no meu bolso, graças a Deus. Eu não precisei ir ao banco, enfrentar filas. Eu consegui fazer em acho que 10 minutos”, conta ela. O governo calcula que 1,2 milhão de pessoas estão devendo ao Fies. Em média, cada uma deixou de pagar R$ 44 mil e, somadas, as dívidas chegam a R$ 54 bilhões. A nova lei beneficia contratos assinados até 2017. As condições variam de acordo com a situação da dívida em 30 de junho de 2023:

  1. Se as parcelas não pagas tiverem vencido há mais de 90 dias, o beneficiário poderá parcelar a dívida em até 150 vezes com abatimento total de juros e multas. Se o pagamento for à vista, o estudante ainda terá desconto de até 12% no valor principal.
  2. Se as parcelas não pagas tiverem vencido há mais de 360 dias, o parcelamento pode ser em até 15 vezes, com desconto de até 77% do valor consolidado, inclusive o principal. Se o estudante inadimplente for inscrito no CadÚnico – o cadastro de programas sociais do governo – o desconto pode chegar a 92%.
  3. Se a última parcela não paga estiver vencida há mais de 5 anos, o desconto pode ser de até 99%.
  4. E quem estiver com o pagamento em dia também pode renegociar o valor total da dívida com desconto de 12%.

O MEC – Ministério da Educação espera uma grande adesão ao programa e ressalta que o prazo para renegociação das dívidas vai até 2024. “O prazo para renegociação pelos nossos estudantes, pelos formados, pelos que tiveram acesso ao Fies, ele fica aberto até 31 de maio de 2024. Então, é um prazo mais elastecido justamente para trazer mais conforto e maior possibilidade também para renegociar. Às vezes, não tem o dinheiro agora para fazer a renegociação, mas com 13º, início do ano, pode ser que surja e aí mais oportunidade para o pessoal quitar as dívidas”, diz Fernanda Pacobahyba, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. G1