Foto: Carolina Diniz/G1

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirma que o número de óbitos por Covid-19 ainda permanece em crescimento no Brasil, apesar de ter apresentado uma leve desaceleração na comparação dos dias 4 a 10 de abril com a semana epidemiológica anterior, segundo o Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 divulgado nesta quarta-feira (14).

Os pesquisadores ressaltam que os dados mostram ainda a “estabilização na incidência de novos casos” e apontam “tendência de desaceleração, mas ainda não de contenção da epidemia”. Entretanto, alertam que a “flexibilização de medidas restritivas pode fazer retomar ritmos acelerados de transmissão e, portanto, de casos graves de Covid-19 nas próximas semanas”.

Na Semana Epidemiológica 14 (4 a 10 de abril), o Brasil registrou uma média de 3.020 mortes notificadas a cada 24 horas, o que corresponde a um aumento de 1,1% de óbitos ao dia. De acordo com a Fiocruz, o percentual é ligeiramente menor do que o observado no final do mês de março (1,5%).

O número de novos casos diários também aumentou a um percentual de 0,9%, totalizando cerca de 70.200 novos casos por dia no intervalo observado. “Esse padrão pode representar a desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, porém com números bastante mais elevados de casos graves e óbitos.” – Boletim da Fiocruz.

Citando ainda o alto índice de testes positivos e a permanência do nível crítico de ocupação de UTIs, os pesquisadores afirmam que os dados “mostram que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo de abril.”

Taxa de letalidade

Em relação à taxa de letalidade, o percentual que em março era de 3% subiu para 4,3%. No começo do mês de abril, o Brasil superou pela primeira vez a marca de 4 mil mortes por Covid. A taxa de letalidade se refere à quantidade de pessoas que morreram por uma doença em relação à quantidade de infectados por ela. É diferente do conceito de taxa de mortalidade, que trata da quantidade de pessoas que morreram por uma doença em relação à população total de um lugar.

Leitos de UTI para Covid

A Fiocruz também informou que as taxas de ocupação de UTI adulto por Covid-19 permaneceram “predominantemente estáveis e muito elevadas”. Comparado ao último boletim, o estado do Maranhão foi a única unidade federativa a sair da zona de alerta crítica e ir para a intermediária. Atualmente o estado apresenta 78% de ocupação.

Com 44% de taxa de ocupação das UTI, Roraima é o único estado brasileiro na zona de “alerta baixo”. Maranhão (78%), Amazonas (73%) e Paraibana (70%) estão na zona de alerta intermediário e todos os outros estados seguem na zona crítica.

Taxa de ocupação da UTI Covid-19 adulto — Foto: Observatório Covid−19 | Fiocruz

G1