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Ainda há muitos dúvidas e pontos que precisam ser melhor conhecidos sobre a Covid-19. Mas um fato que a comunidade médica e a população em geral já têm conhecimento é de que a doença prejudica a capacidade pulmonar. Infelizmente esses danos aos pulmões não ocorrem apenas no período em que a pessoa está com o vírus ativo: um dos fatos que torna a infecção ainda mais grave é que as sequelas podem durar por um longo período. Diante disso, fisioterapeutas têm feito alertas e recomendado exercícios e tratamento para recuperar a capacidade pulmonar e motora de quem já se curou da doença.

A fisioterapeuta Mary Paz explica que o movimento fisiológico da respiração é individual e próprio de cada indivíduo, mas que fatores externos podem influenciar na qualidade desse processo. Nos indivíduos com Covid-19 e nos que tiveram a doença isso se potencializa e a respiração acaba acontecendo de uma forma que não ativa todos os alvéolos e todas as estruturas pulmonares. Diante disso, é recomendada a fisioterapia respiratória. As técnicas e exercícios permitem a potencialização ao máximo e o resultado é o paciente ganhar mais capacidade pulmonar e fortalecer a musculatura cardiorrespiratória.

Tendo em vista que cada paciente é diferente e que a doença também acomete as pessoas de formas diversas, Mary Paz ressalta que a duração e a intensidade das sessões de fisioterapia respiratória pós-Covid variam. “É muito difícil a gente precisar se vai ser um mês, dois meses de tratamento, ou mais. Mas o que eu costumo trabalhar quando começo com um paciente é uma questão de seis a oito semanas, isso já dá pra gente ter uma base de como esse paciente vai reagir e como esse tratamento vai ser efetivo”, explicou a fisioterapeuta.

Ela ressalta que também é importante levar em conta que as sequelas que ficam após a Covid-19 não são de fácil resolução. Por isso se torna essencial a avaliação do paciente e a montagem de um protocolo específico. “Uma das coisas que influencia é a forma como a Covid-19 se manifestou, depende se esse paciente teve um quadro mais grave e crítico, aí a reabilitação é diferente”, comentou Mary.

A recomendação é de que as sessões ocorram duas ou três vezes por semanas. Além disso, a fisioterapeuta também elabora exercícios respiratórios que a pessoa pode fazer em casa. “Como oscila muito a questão da disposição, então eu oriento que se faça esse exercício no momento que ele estiver um pouco mais disposto. E então que repita alguns movimentos, alguns exercícios respiratórios mesmo que em dias alternados”, explicou. (Bahia Notícias)