Foto: Juliane Peixinho/ G1

O corpo do soldado Joanilson da Silva Amorim, morto na noite de segunda-feira (13) por engano durante uma operação da Polícia Civil em Pernambuco, foi enterrado no final da tarde desta terça-feira (14) em Petrolina, no Sertão pernambucano. Familiares, amigos e policiais militares e civis de Pernambuco e da Bahia foram o Cemitério Campo da Esperança se despedir do policial militar.

Consternados, amigos de farda carregaram o caixão que levava o corpo do soldado até o carro funerário. Depois, eles seguiram em cortejo fúnebre. No cemitério Campo da Esperança, antes do sepultamento, foi realizada uma salva de tiros e um momento de orações e homenagens.

Joanilson da Silva Amorim tinha 32 anos e sete anos de corporação. “A passagem dele foi exemplar nesses sete anos na nossa PMBA. Trabalhou em Jacobina e Juazeiro, onde fez um excelente trabalho e era querido por todos. Infelizmente houve esse mal entendido, mas o fato será apurado com todo equilíbrio e isso que a gente aguarda. Temos certeza que a Polícia Civil de Pernambuco vai buscar todos os meios e toda lisura para que chegue a situação real do fato”, disse o comandante de policiamento da região norte da Bahia, coronel Valter Araújo.

O soldado deixou a esposa e uma filha, de três anos. A sogra Evanilde Pereira da Silva, declarou que o genro era um bom profissional e que a família está devastada com seu falecimento. “Foi um choque muito grande para todos nós. Até agora não caiu a ficha. Ele era uma pessoa maravilhosa, cidadão de bem, fazia o trabalho dele direitinho. Estamos muito arrasados. É uma injustiça, foi uma coisa violenta. Ele foi querer ajudar e acabou morto, e o que é pior pela própria polícia”.

A Polícia Civil de Pernambuco (PC-PE) informou que abriu inquérito para investigar a morte do policial militar da Bahia. Segundo a nota da PC, “nessa ocorrência, um homem de camisa em cor semelhante à do sujeito perseguido apareceu armado, sendo confundido e alvejado, em situação característica de legítima defesa putativa, quando há a percepção de risco iminente”. G1