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Se não segurar a frustração de ter sido preterido para a vaga de vice e decidir romper com ACM Neto (União Brasil), o ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo (União Brasil) tende a fechar apoio à candidatura esquerdista de Jerônimo Rodrigues (PT) e não à do bolsonarista João Roma (PL).

Uma fonte ligada a Ronaldo relatou ontem à noite ao Política Livre que o ex-prefeito de Feira de Santana ainda não se recuperou do que considerou ‘um golpe’ por ter sido, segundo seus termos, ‘atropelado’ pelo anúncio da escolha da empresária Ana Coelho (Republicanos) como candidata a vice de Neto.

Apesar de o candidato do União Brasil nunca ter prometido a ele a vaga, nem muito menos ter falado de público sobre esta hipótese, Ronaldo acha que Neto faltou com consideração a ele ao não fazê-lo seu companheiro de chapa por ter aceito o apelo do ex-prefeito de Salvador para concorrer ao governo em seu lugar, em 2018.

O movimento na direção de Jerônimo, no entanto, tem menos a ver com a possibilidade de o petista se eleger governador do que com as chances reais do líder nacional do seu partido, Lula, voltar a comandar o Palácio do Planalto, como sugerem as pesquisas para a Presidência da República.

Um antigo aliado diz que Ronaldo acredita que pode negociar sua indicação para uma estatal ou um órgão federal importante com os petistas, mesmo que isso enterre sua história de político oposicionista que sempre impediu o PT de conquistar a Princezinha do Sertão.

Um eventual acordo neste sentido também frusta as expectativas de Roma e dos próprios correligionários do ex-prefeito de Feira no município por um outro motivo.

Eles imaginavam que, pelo fato de ter aderido à campanha de Jair Bolsonaro, em 2018, em pleno debate eleitoral, sem consultar, inclusive, Neto, que fora o principal articulador de sua campanha, e de vir flertando com o bolsonarismo desde então, Ronaldo fechasse apoio ao candidato do PL a governador. Política Livre