Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

A imposição de um limite para as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadores e Serviços (ICMS) sobre itens considerados essenciais surtiu efeito sobre a inflação de julho: gasolina, etanol e energia elétrica ficaram entre os itens que mais tiveram redução de preço na prévia do mês, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-1%).

Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram, no entanto, que a redução tributária ainda está longe de compensar a disparada de preços de muitos desses produtos nos últimos meses. Isso porque, em 12 meses, vários itens ainda apresentam forte alta – acima da inflação acumulada no período, de 11,39%.

A gasolina, por exemplo, ficou 5,01% mais barata na prévia de julho, mas ainda acumula alta de mais de 20% em 12 meses. Já o gás de botijão, que também pesa muito sobre o orçamento das famílias de menor renda, acumula alta de 23,79% em 12 meses – apesar do recuo de 0,52% em julho.

É importante notar que os efeitos da limitação do ICMS sobre os preços podem ainda não ter sido sentidos em sua totalidade, já que a lei passou a valer já em meio ao período de coleta dos dados do IPCA-15.

Veja abaixo as variações de alguns itens que tiveram o ICMS limitado pela lei sancionada no mês passado, na prévia de julho e na prévia em 12 meses até julho:

Em julho
Em 12 meses
Etanol
−8,16%
11,78%
Gasolina
−5,01%
20,38%
Energia elétrica residencial
−4,61%
−4,86%
Gás veicular
−1,83%
30,68%
Gás de botijão
−0,52%
23,79%
Plano de telefonia móvel
0,06%
1,87%
Ônibus urbano
0,67%
3,62%
Óleo diesel
7,32%
61,89%

Veja também os itens que mais caíram na prévia de julho, na comparação com o mês anterior:

Laranja-baía
−22,16%
Tomate
−19,42%
Cenoura
−19,24%
Abobrinha
−16,14%
Açaí (emulsão)
−14,04%
Pimentão
−13,01%
Batata-inglesa
−12,20%
Couve-flor
−10,52%
Cebola
−10,08%
Repolho
−8,55%
Etanol
−8,16%
Brócolis
−5,92%
Laranja-lima
−5,75%
Laranja-pera
−5,62%
Couve
−5,39%
Banana-maçã
−5,22%
Gasolina
−5,01%
Uva
−4,79%
Energia elétrica residencial
−4,61%
Doce de frutas em pasta
−3,98%
Mandioca (aipim)
−3,80%
Feijão-preto
−3,60%
Material hidráulico
−3,21%
Peixe-pescada
−3,03%
Peixe-cavala
−2,87%
Feijão-macáçar (fradinho)
−2,72%
Outras bebidas alcoólicas
−2,65%
Cheiro-verde
−2,40%
Computador pessoal
−2,35%
Saco para lixo
−2,32%
Limão
−2,24%
Leite de coco
−2,09%
Bacalhau
−2,03%
Lagarto comum
−1,88%
Alcatra
−1,83%
Gás veicular
−1,83%
Capa de filé
−1,80%
Óleo de soja
−1,80%
Contrafilé
−1,77%
Carne de porco salgada e defumada
−1,49%
Transporte por aplicativo
−1,40%
Peixe-tambaqui
−1,36%
Aparelho de som
−1,34%
Chã de dentro
−1,25%
Colorau
−1,25%
Cartório
−1,25%
Peixe-corvina
−1,17%
Revestimento de piso e parede
−1,07%
Lingerie
−1,04%
Patinho
−1,03%

E os que mais subiram no acumulado em 12 meses:

Pepino
92,55%
Mamão
85,37%
Passagem aérea
77,98%
Batata-inglesa
70,92%
Cenoura
68,85%
Morango
65,56%
Melão
65,14%
Cebola
62,93%
Óleo diesel
61,89%
Transporte por aplicativo
61,57%
Café moído
60,29%
Leite longa vida
51,69%
Abobrinha
49,66%
Melancia
46,93%
Alface
46,09%
Manga
45,74%
Maracujá
45,47%
Seguro voluntário de veículo
39,63%
Tangerina
36,47%
Banana-d’água
33,93%
Tomate
33,75%
Couve
32,48%
Banana-prata
32,09%
Pimentão
31,09%
Gás veicular
30,68%
Repolho
30,56%
Feijão-carioca (rajado)
30,48%
Óleo de soja
29,93%
Farinha de trigo
29,35%
Móvel para copa e cozinha
29,02%
Maçã
28,74%
Milho (em grão)
28,08%
Maionese
28,08%
Macarrão instantâneo
27,69%
Móvel para sala
27,28%
Pacote turístico
26,85%
Sabonete
26,67%
Fogão
26,60%
Banana-da-terra
26,52%
Tinta
26,14%
Gás encanado
26,13%
Mandioca (aipim)
25,39%
Alimento infantil
25,16%
Açúcar cristal
24,99%
Margarina
24,84%
Queijo
24,63%
Refrigerador
24,14%
Gás de botijão
23,79%
Café solúvel
23,59%
Laranja-lima G1