Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A eleição municipal ainda não acabou, vide o acirrado segundo turno em Camaçari, mas a disputa por um lugar na chapa a ser encabeçada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em 2026 segue entre aliados do petista nos bastidores e até nas redes sociais. Na sexta-feira (18), o ex-ministro Geddel Vieira Lima, cacique emedebista, deixou claro que o MDB almeja manteria no posto, sinalizando que só aceitaria ceder o espaço para o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

“O MDB não sonha, o MDB tem lugar conquistado nas urnas e reforçado com reiteradas e firmes projeções de liderança ao projeto que integra. O MDB entende que, por tudo, o único nome que poderia ocupar o vício que hoje é do partido – e com ele deve permanecer -, sem causar mossas, seria Rui Costa”, escreveu Geddel numa rede social.

Vale frisar que Rui Costa nunca cogitou ser vice de Jerônimo. O ministro tem aqui que pode concorrer ao Senado, se pela vontade do presidente Lula (PT). Para isso, no entanto, eu teria que reivindicar a cadeira hoje ocupada pelo senador Angelo Coronel (PSD), já que a outra vaga seria do senador Jaques Wagner (PT), postulante à reeleição. Caso isso ocorra, das quatro vagas na chapa majoritária (governador, vice e dois senadores), seriam três compostas por petistas.

Coronel, por sua vez, também se coloca como candidato à reeleição, e não demonstra a menor intenção de ceder a vaga para Rui Costa – ameaça até entrar na disputa de forma avulsa, criando uma “mossa” entre o PSD e o PT. O senador tem sido tratado como possível postulante à vice, o que, por sua vez, deslocaria o MDB. Outro partido da base de Jerônimo que também pleiteia um espaço na chapa é o Avante, presidido na Bahia pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto.

Entre os aliados do governador, no entanto, um cenário é certo: com a derrota acachapante em Salvador, está descartada a permanência do atual vice-governador Geraldo Júnior (MDB) na chapa de 2026. Se a vaga seguir com os emedebistas, os irmãos Vieira Lima terá que escolher outro quatro. Política Livre