Um mulher relatou na quinta-feira (13), em Salvador, ter sido impedida de viajar com as filhas siamesas para fazer um tratamento no estado de Goiás, porque a companhia aérea responsável do voo alegou a necessidade de um laudo médico. Liliane Silva, mãe das gêmeas siamesas Laura Silva Mendes e Laís Silva Mendes, contou que, mesmo com um laudo médico em mãos, a companhia exigiu uma nova documentação.

“Quando a gente estava vindo para Salvador para a gente pegar o voo, o pessoal da gol ligou exigindo um laudo médico. A gente já tem constando que as meninas não têm nada, mas eles pediram outro laudo exigindo que a gente preenchesse informando o estado de saúde das meninas. Só que a gente está indo para saber o que as meninas tem. No momento que nasceu, se elas tivessem alguma coisa, claro que ia constar nesse laudo”, contou a mãe das pequenas.

Liliane Silva disse ainda sobre a dificuldade de fazer um novo laudo, já que as pequenas fazem acompanhamento no estado goiano. “Eles estão pedindo outro. Se eles tivessem pedido antes, esse documento estaria na mão. Como a gente vai pedir para outro medico preencher o documento se elas não acompanham aqui, estão acompanhadas lá? Elas estão bem, ótimas, não tem problema de saúde, só são siamesas”, disse Liliane.

A exigência do documento é necessária para saber as necessidades durante o voo, segundo Liliane. “Esse documento precisa ser preenchido, eles precisam desse documento para ver se as meninas precisam de acompanhamento durante o voo. Mas elas não precisam porque já veio de lá pra cá, inclusive já veio com esse documento que elas não tem nada. Não precisa de oxigênio, cadeira de rodas, nada. Inclusive as outras crianças eles não exigiram esse tipo de documento, porque para elas estão exigindo? É um caso que eu não to entendendo”, relatou a mãe das bebês.

A Secretaria de Saúde informou que a família está com o laudo médico que indica que elas não são portadoras de nenhuma doença. Portanto, não implica na viagem. O órgão de saúde disse ainda que a linha área Azul tem 48h para aceitar ou não a documentação.

Por meio de nota, a Azul disse que, apesar da cliente não ter apresentado o formulário dentro do prazo determinado pelo órgão regulador para o embarque das crianças, a empresa analisou o caso em caráter de urgência, e remarcará a viagem da acompanhante e das gêmeas. G1