Agência Brasil

O general da reserva Fernando Azevedo e Silva, que foi ministro da Defesa de Bolsonaro e deixou o governo em meio à polêmica envolvendo os três comandantes das Forças Armadas, se reuniu na terça-feira (16), com ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para avisar que não poderá assumir o cargo de diretor-geral da corte para o qual ele havia sido convidado.

A expectativa era que ele ocupasse a vaga neste mês. Ele comunicou aos magistrados que fez uma bateria de exames no final do ano passado e início deste que apontou um problema no coração. O blog apurou que pessoas da família dele já tiveram, como a mãe dele, que faleceu muito cedo, e há um temor de assumir essa função e não tratar da saúde.

Chama a atenção que a decisão dele foi anunciada na mesma semana em que o TSE respondeu às perguntas feitas pelo Ministério da Defesa sobre a segurança do sistema eleitoral, algo que vinha sendo explorado pelo presidente Jair Bolsonaro.

O atual ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que assumiu a pasta no lugar de Azevedo e Silva, é cotado para assumir a vice na chama de Bolsonaro à reeleição.

Agora, os ministros Edson Fachin e Alexandre Moraes, que também são do Supremo Tribunal Federal (STF), vão decidir quem irá tocar o cargo administrativo mais importante da corte eleitoral com a desistência de Azevedo e Silva.

Um dos cotados para ficar na gestão de Fachin, que vai até Moraes assumir no segundo semestre, é Rui Moreira, que é o atual diretor. Depois, Moraes vai indicar outro nome que deve acompanhá-lo no mandato de mais de um ano que ele terá à frente do tribunal. Por Julia Duiailibi/G1