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O técnico Geninho conheceu sua terceira derrota no comando do Vitória nesta sexta-feira. No Independência, o Rubro-Negro perdeu por 2 a 1 para o América-MG, resultado que faz o time baiano depender de tropeços dos rivais diretos para se ver livre da ameaça de rebaixamento já nesta rodada. O técnico Geninho reconheceu que o time não se apresentou bem. Os laterais Capa e Matheus Rocha, escalados por conta dos desfalques de Thiago Carleto e Van, respectivamente, ganharam avaliações individuais do treinador, que apontou a falta de ritmo como uma justificativa para as atuações ruins.

– Time tentou jogar. Capa tem a seu favor o fato de vir há mais de um mês sem fazer uma partida. Sentiu a falta de ritmo. O próprio Matheus Rocha sentiu também. Não são só os dois. Até jogadores mais experientes não fizeram uma partida do nível que estamos acostumados. Lucas e Gedoz participaram muito, mas participaram pouco de jogadas efetivas. Anselmo Ramon ficou perdido no meio de dois zagueiros. Era jogo de bola enfiada, não para bola de domínio. Por isso troquei para um jogador de velocidade [Eron]. Não tivemos medo do adversário. Infelizmente não fizemos uma partida do nível que estávamos fazendo.

Geninho escalou um time com três zagueiros, modelo que deu certo diante da Ponte Preta. Ele afirmou que, diferentemente do que ocorreu em Campinas, a formação não surtiu o efeito esperado, e o Vitória acabou vulnerável, principalmente diante das jogadas laterais do América-MG.

– Estávamos usando dois laterais sem ritmo de jogo. Eles tiveram dificuldades jogando com três zagueiros, na recomposição. Mesmo com três zagueiros, o América-MG jogou muito pelo lado. O segundo gol veio de jogada de lado. A gente fortaleceu a marcação, deu suporte aos laterais, para que eles pudessem fazer o que têm de melhor. Eles são jogadores de apoio, não de marcação. Eles têm deficiências na marcação. Tinha até mesmo a preocupação de jogar com a linha de quatro. Com Van, que vinha jogando, teria a opção de jogar como estávamos jogando. Mas isso tudo é teoria. A gente imagina, mas depende do que acontece no jogo, que não ocorreu da forma que a gente esperava.

Com a derrota em Minas Gerais, o Vitória estagnou nos 42 pontos e precisa secar rivais diretos para se ver livre da ameaça de rebaixamento já nesta rodada. Caso o risco de degola persista, o time baiano enfrentará o Operário-PR na próxima terça-feira precisando de um empate para garantir matematicamente a permanência na Série B.

– Se você for pensar, temos duas partidas para fazer um ponto. Podemos fazer seis. Depende daquilo que a gente vai tentar produzir dentro de campo. Nós viemos aqui tentando buscar esses três pontos e matar essa angústia toda. De repente, até um ponto poderia, aqui, nos dar… Conforme fosse a rodada, nós poderíamos sair classificados daqui com um ponto quando terminasse a rodada. Infelizmente, não aconteceu. Nós sabíamos o risco que corríamos. Nós jogamos contra um time que está brigando diretamente para subir. O Operário-PR vai ser outra parada difícil. Depois nós temos o Coritiba, que muito provavelmente, vai definir sua vida lá. Então, quanto mais cedo a gente atingir o nosso objetivo, melhor. E estamos tentando isso. Só não pode falar que hoje o time não correu, não lutou, não batalhou, não tentou. A gente tenta, mas nem sempre você consegue – avaliou Geninho.

A partida entre Vitória e Operário será realizada no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa. Na sequência, o time baiano terá 11 dias de preparação até o jogo contra o Coritiba, no Barradão, pela última rodada da Série B. Globoesporte