Ex-presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, Mauro Menezes classifica que o princípio da impessoalidade do agente público é um “ponto crítico” do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, auxiliares do presidente consideram as atitudes dele desmedidas e indicam que ele possui um “temperamento incontrolável”.

Desta forma, o chefe de Estado vem exonerando e adotado medidas que interferem em contratos públicos de desafetos.  Menezes destaca que os mecanismos para se governar devem ser usados de forma “isenta”, “prudente” e  “ponderada”.

“É uma característica do atual governo desafiar e ignorar determinadas garantias essenciais do regime republicano. O republicanismo está seriamente em crise e o governo tende a naturalizar o apossamento dos mecanismos públicos para a implementação de determinadas vontades partidárias, ideológicas ou pessoais”, analisou.

Um dos principais alvos do governo Bolsonaro foi o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Após polêmica nacional entre ambos, a Petrobras avisou que irá rescindir contrato com o escritório de advocacia do dirigente da entidade.

Além disso, um fiscal do Ibama que multou Bolsonaro em 2012 foi exonerado – o presidente pescava ilegalmente na Estação Ecológica de Tamoios, no Rio.

Dentre outras polêmicas, Bolsonaro também pediu pra demitir o diretor de publicidade do Banco do Brasil que produziu um comercial da instituição em que fazia alusão à diversidade sexual e racial.