A reativação do Estaleiro Enseada, localizado em Maragogipe, no recôncavo baiano, foi discutida nesta última terça-feira (23), na Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan), em Salvador. Durante a reunião, os secretários do Planejamento, Walter Pinheiro, e de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, além do presidente do estaleiro, Maurício Almeida, representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e de outras secretarias debateram a possibilidade de novos modelos de negócios para o empreendimento.

Entre as possibilidades, a utilização do equipamento como terminal de granéis líquidos, para a fabricação de torres eólicas, desmonte de grandes navios e manutenção de embarcações, além do uso como porto para o escoamento de grãos. “Temos um potencial gigantesco para ser indutor de desenvolvimento regional. Essa foi nossa visão quando decidimos implantar o estaleiro mais moderno do Brasil”, destacou o presidente do empreendimento.

Ainda de acordo com Almeida, a crise na construção naval brasileira, nos últimos três anos, abriu possibilidades para novos modelos de negócios. “Acho que essa nova visão, em parceria com o Governo da Bahia, para atuar como desenvolvedor daquela região, vai favorecer a chegada de outras indústrias”,acrescentou.  Pinheiro ressaltou o estaleiro como um espaço privilegiado e pronto pra ser um grande canteiro de obras e também uma unidade de produção.

“A partir das prospecções que fizemos com algumas empresas, na Espanha, podem ser fabricadas torres e pás eólicas no local, por exemplo. Também com o envolvimento da Fieb, estamos buscando alternativas não somente para atração de investimentos como também para a viabilização da retomada do Estaleiro que, somando Salvador e Rio de Janeiro, já teve mais de 12 mil empregados”.