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A equipe econômica estuda reajustar a tabela do Imposto de Renda (IR) pela inflação, reduzir alíquotas e acabar com deduções, como despesas médicas e gastos com educação. O plano faz parte da proposta de reforma tributária que deve ser apresentada pelo governo na semana que vem.

Segundo o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, as mudanças do IR formariam um tripé de medidas, junto com a desoneração da folha de pagamento – com a criação de um tributo único sobre o consumo, o Imposto de Valor Agregado (IVA) – e a criação de uma contribuição previdenciária sobre movimentações financeiras.

Nesta quarta, em evento em São Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes , não deu maiores detalhes sobre a proposta para o IR , mas afirmou que ela faz parte de uma série de iniciativas que devem ser colocadas em curso a partir de agora, uma vez que a reforma da Previdência já foi aprovada na Câmara e seguiu para o Senado.

— No Imposto de Renda, o melhor é tirar todas as deduções e reduzir as alíquotas. Vamos fazer coisas desse tipo — disse o ministro, em apresentação durante o 2º Macro Day BTG.

Hoje, o limite de isenção do IR é de R$ 1.903,98. Em maio, Bolsonaro já havia mencionado a possibilidade de propor a correção pela inflação . Na campanha eleitoral, chegou a falar em aumentar a faixa de isenção para cinco salários mínimos, cerca de R$ 5 mil. A tabela do IR não é reajustada desde 2015. Um aumento na faixa de isenção provocaria perda da arrecadação.

O reajuste da tabela viria acompanhado de uma reestruturação completa do IR. A equipe econômica trabalha em um plano para diminuir a alíquota de 27,5% (para a faixa de renda acima de R$ 4.664,68) e, ao mesmo tempo, reduzir a possibilidade de deduções, que custam R$ 20 bilhões por ano, segundo dados da Receita Federal. Informações do O Globo