O prefeito de Salvador, Bruno Reis, afirmou nesta terça-feira (2) que o governo do Estado perdeu a capacidade de enfrentar o crime e disse que a marginalidade sequer respeita mais o poder público, ao comentar o assassinato de uma adolescente de 15 anos a poucos metros do Quartel dos Aflitos, sede do comando-geral da Polícia Militar.

“A gente lamenta, se solidariza com a família. É com indignação que a gente recebe uma notícia como essa. Nossa equipe está dando apoio, tentando pegar as imagens da área para que os responsáveis sejam punidos. Mas efetivamente o governo do Estado perdeu a capacidade de fazer o enfrentamento ao crime e à marginalidade. Essa é uma constatação. Os fatos estão aí”, declarou.

Cristal Rodrigues Pacheco estava a caminho da escola, acompanhada pela mãe e pela irmã, quando foi baleada em uma tentativa de assalto no começo da manhã desta terça, em frente ao Palácio da Aclamação. “O crime, a marginalidade, não respeita nem mais a polícia. Debaixo da porta do comandante-geral. É uma afronta ao poder público. Ou o poder público vai tomar as rédeas do processo, se impor perante o crime e efetivamente agir ou vamos virar um estado onde as pessoas de bem vão estar presas nas suas casas com medo e os criminosos nas ruas”, acrescentou.

O prefeito lembrou ainda de casos recentes, como o da idosa Maria de Lourdes Santos, de 65 anos, baleada na segunda-feira (1º) na Avenida Barros Reis quando fazia uma caminhada, e da nutricionista Esperança Cedraz Brandão, baleada no último dia 22 de julho, também em uma tentativa de assalto, quando chegava para trabalhar em um hospital, no bairro de Nazaré. Maria de Lourdes está internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Geral Ernesto Simões Filho. Esperança teve alta no último sábado (30).

“Podem dizer que um prefeito que é de partido diferente do governador quer explorar politicamente. Mas não é. Vocês estão vendo os fatos que estão ocorrendo de forma rotineira na nossa cidade. Vamos parar onde? Vai ser necessário o que para esse governo ter uma atitude e efetivamente trazer a solução para esse problema?”, questionou Bruno. Política Livre