Sérgio Lima/Poder360

O Greenpeace protocolou nesta quarta-feira (30) no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por suposto crime de difamação. O blog tentava contato com a assessoria de Ricardo Salles até a última atualização deste texto.

Conforme a ação, Ricardo Salles difamou o Greenpeace ao sugerir que a ONG pode ter sido responsável pelo derramamento de óleo em praias do Nordeste. Na ocasião, em uma rede social, Salles ainda se referiu à organização com o termo “#greenpixe”.

O Greenpeace citou ainda o fato de Ricardo Salles ter se referido a ativistas da ONG como “ecoterroristas” e depredadores do patrimônio público. O ministro teria usado o termo “terrorista” também em outra ocasião.

Na avaliação do Greenpeace, as declarações do ministro são “levianas e irresponsáveis” e constituem fato grave que não pode ser normalizado. “O processo que ora iniciamos contra o sr. ministro é também uma forma de repúdio por tais comportamentos”, diz a organização.

Entenda o trabalho do Greenpeace

O Greenpeace é uma organização não governamental (ONG) financiada por doações de pessoas físicas. Portanto, não recebe dinheiro do governo, de empresas nem de partidos políticos.

O coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace, Márcio Astrini, explicou ao blog o funcionamento da organização. A ONG já existe há 40 anos (está há 20 anos no Brasil). Segundo ele, a diretriz central é focada em ações em prol do meio ambiente, porém, em cada país as ações são moldadas às necessidades locais.

Segundo Astrini, as principais discussões que mobilizam os voluntários do Greenpeace no Brasil estão centradas na floresta amazônica. Na avaliação da instituição, esse é o principal elemento ambiental brasileiro.

Márcio Astrini afirmou também que, no caso das manchas no litoral nordestino, voluntários do Greenpeace se juntaram à população na tentativa de conter o avanço do óleo. Segundo ele, voluntários atuam por toda a costa da região e atendem, na medida do possível, às necessidades locais. Por Matheus Leitão