Foto: Raiane Veríssimo/Política Livre

Petistas e aliados do governador Rui Costa (PT) aguardam até hoje uma resposta sua à declaração do senador Jaques Wagner (PT) de que estaria disponível para coordenar as articulações com vistas às eleições municipais deste ano pelo lado do governo.

Em conversa reservada com interlocutores, não desmentida pelo senador, Wagner ressaltou que, para isso, no entanto, precisaria de uma autorização expressa do governador, sem a qual não se sentiria legitimado para se movimentar politicamente.

Mais do que uma preocupação com o desempenho das forças aliadas do governo nas eleições municipais, a proposta do senador, na avaliação de aliados, refletiria o interesse numa estratégia para fortalecer sua própria candidatura à sucessão de Rui, em 2024.

Pelo visto, entretanto, o movimento de Wagner não tem sido valorizado pelo governador que, segundo seus aliados, não fez qualquer movimento até agora no sentido de emitir a autorização solicitada pelo antecessor e padrinho político.

Ao mesmo grupo ao qual justificou que não poderia atropelar o governador e entrar em campo assumindo a coordenação política do governo sem seu aval explícito, apesar das cobranças que seus membros lhe fizeram, Wagner fez uma declaração que os preocupou.

Em dado momento, o ex-governador da Bahia, numa resposta à queixa dos interlocutores de que a falta de coordenação política poderia ser imensamente arriscada para todo o grupo, afirmou, coçando o queixo em tom pensativo, que “grupo que não tem comando vira bando”. Política Livre